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Desempenho

Inflação de materiais impacta receita do setor eletroeletrônico

Apesar do aumento de 22% do Índice de Preços ao Produtor, a indústria apresentou um crescimento real de 7%, com aumentos expressivos em todas áreas, com destaque para Material Elétrico e Construção

O setor eletroeletrônico obteve um aumento de 30% em seu faturamento nominal no primeiro trimestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, segundo avaliação conjuntural da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). No entanto, o crescimento real do setor foi de 7%, empurrado para baixo pelo aumento da inflação do Índice de Preços ao Produtor (IPP). O número chegou a 22% no acumulado dos três primeiros meses do ano.

De acordo com a Abinee, o aumento significativo da inflação teve como fatores principais a continuidade da escassez de matérias-primas e componentes, incremento nos preços de fretes marítimos e aéreos e a desvalorização cambial. Esses problemas já estavam sendo relatados desde meados do ano passado.

Ainda assim, o setor eletroeletrônico cresceu 8,3% em relação ao primeiro trimestre de 2020, conforme dados do IBGE agregados pela Abinee. No período, as importações superaram as exportações do setor em larga margem, totalizando US$ 9,6 bilhões e US$ 1,1 bilhão, respectivamente. Enquanto as exportações permaneceram estáveis em relação a 2020, as importações cresceram 14%. Parte disso devido ao aumento de 50% das importações de Utilidades Domésticas

Todas as áreas da indústria apresentaram crescimento expressivo de faturamento, com destaque para Material Elétrico e Construção, que avançou 15%. Pequenas obras impulsionaram a área, que foi considerada um serviço essencial, permanecendo em funcionamento mesmo em períodos de isolamento. A área de Telecomunicações teve um dos desempenhos mais fracos, com aumento de 2%, sendo 4% na área de infraestrutura e 1% em telefones celulares.

Automação Industrial vem em segunda posição com 13% de acréscimo do faturamento por conta dos projetos de automação industrial acelerados pela pandemia, para manter fábricas em funcionamento durante a quarentena. Já o ensino e trabalho remoto estimularam a expansão de 12% da área de Informática. Utilidades Domésticas cresceu 11%.

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