Indicados dois novos nomes do BC: Picchetti e Teixeira

Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira precisarão passar pela sabatina do Senado Federal para terem seus nomes confirmados à direção do Banco Central.

Rodrigo Teixeira e Paulo Picchetti
Rodrigo Teixeira (esq.) e Paulo Picchetti (dir.)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira, 30, as indicações dos economistas Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira para diretorias do Banco Central. Os nomes devem ser indicados formalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda hoje. 

Paulo Picchetti está sendo indicado para a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos; e Rodrigo Teixeira foi indicado para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. Para poderem assumir, os indicados ainda têm de passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Em votação, os senadores precisam aprovar as indicações na CAE e em plenário.

Picchetti tem mestrado em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorado pela Universidade de Illinois (EUA). É professor na Escola de Economia da FGV, com experiência em temas como métodos quantitativos, greves, teoria dos jogos e econometria. Teixeira tem é funcionário de carreira do Banco Central, com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo e foi subsecretário de Gestão durante o mandato de Haddad na prefeitura de São Paulo.

Desde 2021, com a lei que deu autonomia administrativa ao Banco Central, os diretores e o presidente da autarquia têm mandato com prazo definido em lei – ou seja, só podem ser trocados ao fim do prazo. Com as indicações do presidente Lula nesta semana, o BC passará a ter quatro nomes do atual governo.

Déficit

Na sexta-feira, o presidente Lula disse que  “dificilmente” o governo cumprirá a meta de zerar o déficit primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública) em 2024.

“Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai cumprir. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero, o país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para esse país. Eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida”, disse o presidente. “E se o Brasil tiver déficit de 0,5%, de 0,25%, o que é? Nada”, acrescentou o presidente.

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Da Redação

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