Inadimplência bate novo recorde e atinge 66,6 milhões

O maior volume de inadimplências está no segmento de bancos e cartões, com 28,2% do total, segundo a Serasa Experian.
Inadimplência bate novo recorde e atinge 66,6 milhões - Crédito: Freepik
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Dados do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor revelam que, em maio, o Brasil bateu o recorde com 66,6 milhões de inadimplentes, o maior desde o começo da série histórica iniciada em 2016. A comparação anual, com maio do ano passado, mostra aumento de 4 milhões de nomes negativados.

A análise por setor registrou que o maior volume de dívidas negativadas está no segmento de bancos e cartões, com 28,2% do total. Em seguida, a inadimplência está nas contas básicas como água, luz e gás agrupadas na área de Utilities, com 22,7%. Em terceiro lugar ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um.

Entre os estados brasileiros, São Paulo concentra o maior número de inadimplentes (15,6 milhões), seguido pelo Rio de Janeiro (6,7 milhões), Minas Gerais (6,3 milhões), Bahia (4,1 milhões) e Paraná (3,5 milhões).

Renegociação de dívidas

E é em São Paulo também que estão a maioria das oportunidades de dívidas que podem ser pagas por até R$100. Na sequência aparecem Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Com o objetivo de melhorar o cenário desafiador para os brasileiros, a Serasa Experian disponibiliza 2.290.617 de ofertas com condições especiais de quitação de dívidas por até R$ 100,00 por meio da Serasa Limpa Nome. Os acordos podem ser realizados com mais de 100 empresas, como bancos, financeiras, companhias telefônicas, lojas de varejo, universidades e securitizadoras.

Além dos descontos, que podem chegar a 90%, também é possível parcelar os acordos. Com o pagamento da primeira parcela, o nome do consumidor será retirado do cadastro de inadimplentes.

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, apesar do aumento da inadimplência ser esperado, é possível melhorar a situação. “Os consumidores precisam continuar se organizando financeiramente e utilizando ferramentas disponíveis, como o saque do FGTS para tentar tirar o nome do vermelho”.

Cadastro Positivo

Um estudo inédito da Serasa Experian revelou um salto de 22,1 milhões (14% da população adulta) sobre número de brasileiros que conquistaram a oportunidade de ter acesso a um crédito de qualidade.

O montante foi de 59,1 milhões para 81,2 milhões. Além disso, o levantamento mostrou que esses 22,1 milhões de consumidores possuíam o Serasa Score abaixo de 500 e, por isso, poderiam não ser aprovados em análises de concessão feitas pelo mercado de crédito.

No entanto, essa pontuação amena não era causada por negativações, mas pela insuficiência de informações que os credores tinham sobre os possíveis tomadores de crédito. Problema que foi solucionado com a implementação do Cadastro Positivo.

O economista da Serasa Experian explica como o Cadastro Positivo tem a capacidade de otimizar a adimplência dos consumidores. “O acesso a um crédito de qualidade permite às pessoas mais fôlego para colocar as contas em dia e tirar o nome do vermelho. Por isso, as análises assertivas feitas com informações do Cadastro Positivo podem auxiliar a população a evitar linhas de crédito menos benéficas, como o cheque especial, que possui juros muito altos capazes de comprometer a quitação de dívidas”, concluiu.

(com assessoria)

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Redação DMI

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