ICTs geram impacto de receita de R$ 24,7 bi, segundo estudo

ICTs e empresas que usufruem de seus produtos somam, no total, R$ 5,9 bilhões em impostos recolhidos, compensando os benefícios fiscais que esses institutos de C&T recebem
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Os Institutos de Ciência e Tencologia privados (ICTs)  geram um impacto de receita de R$ 24,7 bilhões, segundo uma pesquisa conduzida pela Deloitte. O estudo ainda indicou que essas entidades acrescentam um valor de R$ 6,2 bilhões ao PIB com suas atividades e tecnologias desenvolvidas.

Os números envolvem os resultados dos ICTs somados ao das empresas para as quais desenvolvem os projetos. Tendo apenas o impacto direto das ICTs, a receita passa a ser R$ 10,4 bilhões e o acréscimo ao PIB chega a R$ 2,4 bilhões. O grupo também gera 48,7 mil empregos diretos e 156,9 mil indiretos. Os ICTs pagam ainda R$ 2,2 bilhões em impostos que somados à tributação de empresas associadas alcança R$ 5,9 bilhões por ano.

ICTs. Crédito: Divulgação
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A líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte Márcia Ogawa afirmou que os impostos pagos pelas instituições e o que gera ao seu redor são maiores do que o fomento fornecido pelo governo por meio da Lei da Informática.

Hoje, a lei é a maior fonte de renda para as instituições, somando 54% de participação. Com a sua reformulação em 2019, esses recursos cresceram 37% entre 2019 e 2020. “Projetos dessa natureza são de alto risco e , por isso,  é necessário esse tipo de fomento”, diz.

Outros 24% dos recursos correspondem à investimentos independentes de clientes. O financiamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) constitui 6% dos recursos para os ICTs, porcentagem que vem aumentando de forma gradual. Entre 2018 e 2020, o valor de aporte da agência obtive uma taxa de crescendo 26,8%. A pesquisa também indicou que projetos com mecanismos de fomentos costumam ter margens apertadas.

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A maior parte dos clientes dos ICTs, 47%, consistem em empresas de tecnologia da informação. Em seguida, vêm as companhias de financiamento e seguro, com 16%. De acordo com Ogawa, os ICTs também aumentaram o volume de produtos e serviços voltados para exportação, mas, por enquanto, eles representam apenas 5% do total. “Os ICTs estão se preparando pra fazer serviço de exportação, mais ainda não é algo expressivo”, afirmou.

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Ogawa destacou também que 13% dos funcionários dessas entidades são mestres ou doutores, o que aumenta o nível de qualificação dos ICTs para desenvolvimento tecnológico. Isso também acaba se tornando um desafio de retenção dos empregados que, muitas vezes, recebem oportunidades fora do Brasil.

Além do impacto na receita de R$ 24,7 bilhões, os ICTs são responsáveis pela indução de 500 startups. Pouco menos da metade das startups, 47%, pertencem à área de tecnologia da informação e 9% são de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

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Da Redação

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