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Huawei vai investir R$ 40 mi em P&D no Brasil até dezembro de 2020

Bruno Zitnick, da Huawei disse que, apesar de estar na direção certa, o Brasil precisa ser mais agressivo no desenvolvimento de soluções para ter maior competitividade

A Huawei irá investir R$ 40 milhões em P&D no Brasil até dezembro de 2020, contou Bruno Zitnick, Government & Public Affairs da Huawei Brasil hoje, 25, no Inovatic. Desse total, a empresa já investiu R$ 30 milhões. As fontes desses investimentos se bifurcam entre fontes próprias e provenientes da Lei da Informática, que concede incentivos fiscais às empresas que fabriquem localmente e invistam em P&D.

Ao todo, a Huawei conta com mais de 20 projetos no Brasil, como mineração, agricultura 4.0 e monitoramento do meio ambiente. Segundo Zitnick, a multinacional chinesa fecha parcerias com universidades, instituições e empresas que trazem soluções práticas e aplicáveis para problemas do mercado e indústria local.  Os parceiros dispõem da tecnologia da Huawei a fim de desenvolver soluções baseadas em nuvem, Inteligência Artificial e Internet das Coisas.

Zitnick ainda comentou que o interesse da fabricante se concentra em aplicações imediatas, de curto prazo. “Caso contrário, isso vira apenas uma utopia, desenvolvemos um projeto que não tem aplicação final. Não é o objetivo da Huawei aqui no Brasil”, comentou.

Para ele, o país está no caminho certo, mas precisa ser menos passivo, bem como depender menos de outros países. Isso porque o conhecimento do país e sua mão de obra já são “grandiosos”.

De acordo com o representante, por isso a Huawei tem parcerias com 41 instituições, a maioria universidades. A segunda meta da empresa consiste em chegar a 100 universidades parceiras.

“Temos capacidades em relação a recursos humanos, não precisamos importar essas pessoas pra desenvolver soluções. Nada melhor do que nós aqui que entendemos nosso mercado, e aí sim, desenvolver essas soluções focadas nas nossas dores”, disse.

No desenvolvimento de soluções e de tecnologia, Bruno Zitnick diz acreditar que o Brasil está no caminho certo. Mas, ele opina: “temos que ser um pouquinho mais agressivos, não perder o timing do mercado. Temos que correr na frente”.

Ramana Rech é estagiária de jornalismo do Tele.Síntese

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