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Desempenho

Huawei encerra 2019 à frente da Apple como 2ª maior fabricante de smartphones

Resultado consolidado do ano mostra avanço da chinesa, mas quarto trimestre indica revés em função de restrições a vendas na América do Norte

2019 foi o ano em que a Huawei se consolidou na segunda posição do ranking das maiores fabricantes de smartphones do planeta. A fabricante superou os reveses com a restrição a sua entrada no mercado norte-americano, vendeu como nunca na China, e encerrou o ano com 238,5 milhões de unidades despachadas de suas fábricas. A Apple, em 2019, vendeu 196,2 milhões de unidades.

Embora tenha sido o primeiro ano em que a Huawei superou a Apple somando-se todos os trimestres, desde o terceiro trimestre de 2018 a companhia chinesa vende mais celulares que a dona do iPhone.

A Samsung, por sua vez, manteve-se isolada na primeira posição. A companhia da Coreia do Sul vendeu 296,5 milhões de unidades em todo o mundo, conforme os dados divulgados hoje pela consultoria Counterpoint Research.

O levantamento mostra que houve um encolhimento do mercado global de celulares inteligentes. Em 2018 foram vendidos 1,50 bilhão de aparelhos. Em 2019, no entanto, fora 1,48 bilhão. Queda, portanto, de 1,35%.

Neste cenário de retração, algumas conseguiram vender mais. Huawei, por exemplo, vendeu 14% mais, enquanto a Apple vendeu 5% menos. A Samsung também cresceu: 1,61%. Xiaomi, Oppo, Vivo, Motorola também ampliaram vendas, enquanto a LG e marcas menores espalhadas mundo afora encolheram.

4º Trimestre

Tomando-se por base apenas o trimestre final do ano passado, a Apple superou todos os rivais e fechou o período com 72,9 milhões de iPhones fabricados. A Samsung aparece em seguida, com 70 milhões. E a Huawei, em terceiro, com 56 milhões. Contou para o sucesso da Apple o lançamento do iPhone 11, mais barato que o XR, mas com duas câmeras.

Os dados podem indicar que já houve impacto das pressões norte-americanas sobre a fabricante chinesa, que terá de abandonar o sistema operacional Android devido à proibição imposta pelo governo dos EUA a empresas locais de negociar com ela – o Google, e seu sistema operacional, também está sujeito a essa proibição.

Também apontam para uma possível retomada do mercado global, que embora tenha encolhido em 2019, cresceu no quarto trimestre. Foram vendidos 408 milhões de celulares, 13,5 milhões a mais que um ano antes.

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