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Huawei desacredita em limites no leilão do 5G

Em nota, a empresa informa que está pronta para continuar parceria com as operadoras nacionais na nova tecnologia
Representante da Huawei no Brasil, Steven Shen; e o presidente da Anatel, Leonardo de Morais, no lançamento da Aliança Conecta Brasil

A gigante chinesa Huawei desacredita que o governo brasileiro venha a impor limites, por meio de decreto presidencial, à participação da empresa nas redes de telecomunicações do 5G a serem montadas pelos vencedores do leilão das frequências da nova tecnologia. Uma fonte da empresa afirmou ao Tele.Síntese que é apenas “simbólica” a  restrição de 35% imposta à fabricante pelo governo do Reino Unido, até porque já detém esse percentual das redes de telefonia móvel lá instaladas. Esse modelo deverá ser seguido pelo Brasil.

Em nota, a assessoria da Huawei no Brasil informou que segue acompanhando as discussões sobre a implementação da rede 5G no Brasil e prevê parceria com os vencedores da licitação. “Presente no país há 21 anos, a companhia forneceu equipamentos desde a implementação do 2G até o 4.5G e está pronta para continuar sua parceria com as operadoras nacionais no 5G. Nossos melhores equipamentos e soluções, já em ação em outros países do mundo, estarão à disposição para oferecer aos brasileiros todos os benefícios desta nova era das telecomunicações”.

A Huawei presta serviços a todas as grandes operadoras no país, atuando em mais de 50% da rede de telecomunicações no Brasil a serviço das principais operadoras. Para a empresa, a política estabelecida pelo Reino Unido não significará restrições, pois já detém essa fatia no mercado britânico. No Brasil, disse a fonte, “não tem limites”, com base em manifestações do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do vice-presidente da República, Hamilton Mourão. Sobre decreto impondo esses limites, a experiência da empresa é que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não estabeleceu limites nos leilões anteriores.

Na avaliação da fonte, todos os fornecedores são iguais, porque só a Huawei e as europeias Nokia e Ericsson detêm essa nova tecnologia no mundo e não podem ser alvo de restrições sob pena de prejudicar a implantação do 5G nos países em que são lançados os leilões. Disse que o trabalho da Huawei no Brasil é para facilitar a implantação e o funcionamento da nova tecnologia, com a vantagem de oferecer importantes condições comerciais e técnicas. “Não há como fazer limites a empresas que querem fazer contribuições para o país”, afirmou.

O vice-presidente da Huawei do Brasil para Relações Governamentais e Assuntos Públicos, Steven Shen, autorizou o encaminhamento da posição oficial da empresa. Ele foi abordado a respeito durante evento realizado hoje, 12, em Brasília, sobre o lançamento da Aliança Conecta Brasil, um movimento de agentes das indústrias ligadas à banda larga e conteúdo de qualidade. A Huawei foi um dos principais apoiadores do encontro.

Também presente ao evento,  o presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, disse que “não tenho informação” sobre o decreto presidencial com restrições à fabricante asiática.

 

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