Homens querem viver de rendimentos e mulheres pagar as próprias contas, diz pesquisa

A conclusão sobre a questão da independência financeira é de uma pesquisa realizada pela Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada. Levantamento buscou entender também o que os brasileiros fariam diante desse cenário

TC cria Family Office para gestão independente - Crédito: Freepik

Viver de rendimentos é um sonho comum para os homens e pagar as próprias contas um desejo das mulheres. A conclusão sobre a questão da independência financeira é de uma pesquisa realizada pela Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada. O levantamento buscou entender também o que os brasileiros fariam diante desse cenário.

A pesquisa ouviu 2,6 mil pessoas em todo o Brasil e constatou que homens e mulheres pensam diferente sobre o assunto. Para 43% dos homens, independência financeira significa viver dos investimentos a ponto de poder trabalhar por opção, enquanto para 47% das mulheres o termo é sinônimo de conseguir pagar as próprias contas.

Mas homens e mulheres acham que em algum momento atingirão a independência financeira como a imaginam? As respostas foram similares: 94% dos homens e 93% das mulheres acreditam que sim.

Motivação

Para alcançar a independência financeira, a motivação muda de um gênero para o outro. Cerca de 24% das mulheres desejam ter o próprio dinheiro para não depender financeiramente do cônjuge, enquanto apenas 9% dos homens indicaram essa opção de resposta. O maior objetivo deles (34%) é viver de dividendos para ter uma vida profissional mais flexível.

O problema é que, apesar do desejo de viver  de investimentos, 56% dos homens nem estão investindo, mas pretendem começar. Nesse quesito, 61% das mulheres não investem, mas, igualmente, querem fazer isso, em algum momento.

A poupança é o modelo preferido entre os que investem. Apostam nela 20% das mulheres e 16% dos homens. Em seguida aparece a renda fixa, com 12% da preferência dos homens e 9% das mulheres. Os investimentos em ações foram mencionados por 9% dos homens e apenas 2% das mulheres entrevistadas.

“Os dados levantados pelo estudo refletem a diferença da situação econômica entre homens e mulheres no Brasil. Com salários em média 20% maiores que os das mulheres, segundo dados do IBGE, é compreensível que o sexo masculino tenha mais recursos para investir”, afirma Samuel Torres, consultor financeiro da Onze.

Em 2021, informe da Bolsa de Valores do Brasil (B3) destacou a participação de mulheres como investidoras, apesar da ainda predominância dos homens neste mercado.

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Redação DMI

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