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Hiperinflação na Argentina afeta lucro da Telefónica no 2° tri

A empresa reportou queda de 4,5% no lucro líquido no trimestre, para € 862 milhões. afetado por provisão de litígios fiscais (€ 152m) e ajuste de hiperinflação na Argentina, de (- € 101m). As receitas com dados já somam 55% das receitas totais do grupo.

A Telefónica, controladora da Vivo no Brasil, reportou hoje, 25, os resultados do segundo trimestre de 2019 e do primeiro semestre. No trimestre, a empresa registrou redução de 4,5% no lucro líquido em relação ao mesmo período de 2018. Embora o lucro líquido das operações brasileiras tenha caído 55% no mesmo período (em virtude de receitas não recorrentes no ano passado), não foi o desempenho da operadora brasileira que atingiu o resultado de sua controladora.

Segundo a Telefónica, o lucro líquido, de € 862 milhões, do segundo trimestre foi afetado, entre outros, pela necessidade provisão para litígios fiscais (- € 152m);  ajuste de hiperinflação na Argentina (- € 101m);  encargos de depreciação e amortização decorrentes dos processos de atribuição de preços de compra (- € 93M); adoção da norma de contabilidade IFRS 16 (- € 70m) e  custos de reestruturação (- € 14m).

De positivo, houve  os juros associados à restituição extraordinária de impostos em Espanha (+ € 151M); a mais-valias líquidas da venda de empresas (+ € 62M) e  o crescimento das operações na Venezuela (+ € 37M).

No semestre, o lucro líquido foi positivo, 2,8% maior do que o mesmo período de 2018. A empresa registrou lucro de € 1,787 bilhão.

A evolução das taxas de câmbio também afetou negativamente os resultados, principalmente devido à depreciação do real e do peso argentino em relação ao euro, embora a tendência tenha melhorado sequencialmente.

No segundo trimestre de 2019, as moedas estrangeiras reduziram o crescimento da receita de y-o-y em 4,1 p.p. e Ebitda por 3,6 p.p. No entanto, o impacto negativo da depreciação das moedas no Ebitda (- € 332M no primeiro semestre) diminuiu significativamente em termos de geração de fluxo de caixa (- € 91M).

Receitas

As receitas para o período de abril a junho aumentaram 3,7% ano a ano, com todas as regiões crescendo organicamente no semestre, estabilizando-se pela primeira vez em oito trimestres.

Banda larga e serviços sobre conectividade já representam 55% da receita total e estão cada vez menos expostos à regulamentação. O Ebitda cresceu 1,6%,  em termos orgânicos.

As receitas totalizaram € 12,142 bilhões no segundo trimestre e cresceram 3,7% em termos anuais (€ 24,121 bilhões em janeiro-junho, + 3,8%) e mantiveram-se estáveis. O crescimento no trimestre veio do aumento da receita de serviços (+ 2,3%) e  avanço das vendas de aparelhos (+ 16,7%).

As receitas das operações brasileiras representam 21% do total, maiores do que as operações na Inglaterra ( 14%) e Alemanha (15%), perdendo apenas para a Espanha (26%).

Ebitda

A adoção do padrão contábil IRFS16 afetou positivamente o Ebitda da companhia. Apresentou aumento de 4,7% no segundo trimestre ano-a-ano, para € 4,438 bilhões e € 8,702 bilhões no semestre, aumento de 7,4%. A margem Ebitda do semestre foi de 36,5%, incremento de 1,7% ano-a-ano.

 

 

 

 

 

 

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