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Regulação

GSMA alega que sem um pedaço da faixa de 6 GHz, tecnologia 5G ficará comprometida

Para a entidade, sem a destinação de uma parte desse espectro para a telefonia móvel, haverá no futuro sobrecarga de demandas em outras frequências em cidades super populosas, como São Paulo.

A GSMA, associação que reúne as operadoras de telefonia móvel e os fabricantes globais defende, na consulta pública lançada pela Anatel para a destinação da faixa de 6GHz, que a parte alta do espectro deveria ser “guardada” para demandas futuras da telefonia celular. Conforme a entidade ” a  falta de acesso a espectro no Brasil comprometerá o futuro dos serviços 5G, já que tem alguns dos maiores e mais densamente povoados centros urbanos do planeta”.

E cita um estudo recente da empresa de consultoria Coleago, com sede em Londres,  que mostra que São Paulo não precisaria apenas de 700 MHz de espectro de 6 GHz para 5G, mas, em certos cenários, a cidade precisaria de toda a faixa – 1,2 GHz de espectro. Sendo assim, se pelo menos a parte superior da faixa de 6 GHz (6425-7125 GHz) não for disponibilizada futuramente ao SMP, haverá uma sobrecarga de demanda em outras faixas, como 3.8-4.2 GHz, entre outras. “Uma análise completa deve, portanto, ser realizada considerando as necessidades e demandas futuras do IMT, antes de se tomar uma decisão precipitada para a faixa”, argumenta.

Para a GSMA, a necessidade de off load – ou seja, desvio do tráfego do celular para a rede fixa, pelo WiFi, como acontece atualmente – deixará de existir no futuro.

” Os dias de Wi-Fi offloading estão contados nos mercados de telecomunicações mais desenvolvidos. Uma tendência acelerada pelo lançamento do 5G. O 5G não oferece apenas velocidades que podem competir com qualquer tecnologia sem fio (quando implementado com espectro suficiente), mas também oferece privacidade e segurança superiores. É importante ressaltar que os usuários podem confiar no seu chip para autenticação, em vez de se conectar a redes desconhecidas e não seguras”, argumenta.

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