Grupo TIM vende fatia da empresa de infraestrutura Inwit por € 1,3 bi

A Inwit reúne as torres que eram do Grupo TIM e da Vodafone na Itália. Com a venda, TIM passa a ser minoritária.

O grupo italiano TIM, dono da operadora de mesmo nome no Brasil, vendeu quase toda sua fatia na empresa de infraestrutura passiva para redes móveis Inwit.

O negócio foi selado com o fundo Ardian, que vai pagar € 1,3 bilhão (cerca de R$ 6,61 bilhões) por cerca de 40% das ações da Daphne 3, holding que detém 30,2% da Inwit. Com isso, o fundo terá 90% da holding. Os demais sócios da Inwit são a empresa Central Towers (da Vodafone), dona de 33,2% das ações e o fundo Canson Capital Partners, que tem 3%. O resto das ações são negociadas livremente no mercado financeiro italiano.

Segundo o Grupo TIM, o negócio foi estruturado de forma que a Inwit não terá de emitir nenhuma ação ou assegurar direito de preferência aos atuais acionistas.

O negócio ainda precisa da aprovação do órgão antitruste da Itália, do aval do governo que tem uma golden share na TIM e pode opinar sobre transações do grupo. Também depende do aval do outro sócio majoritário da Inwit, a Central Tower (Vodafone).

A venda é já parte da estratégia de desinvestimentos traçada pelo CEO do Grupo TIM, Pietro Labriola (ex-TIM Brasil). Seu plano prevê a venda de ativos não estratégicos. Também haverá divisão estrutural da operadora, com uma unidade dedicada a serviços residenciais e corporativos, que vai incluir a subsidiária brasileira; e uma unidade de infraestrutura

O plano é dar uma guinada na operadora, que cresce com dificuldade há mais de uma década e, em 2021, registrou prejuízo de mais de € 8 bilhões. A companha tinha à mesa uma proposta de compra por parte do fundo norte-americano KKR, mas este desistiu após a divulgação do resultado e da recusa da TIM em abrir em detalhe suas contas e patrimônio para realização de uma due diligence.

Em outra frente, a empresa tem propostas do fundo CVC para aporte na futura unidade de serviços empresariais, e planos de fusão da empresa Fibercop, de acesso em fibra óptica, com a rival Open Fiber, a partir de aporto do banco estatal CDP.

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Da Redação

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