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Governo inclui os Correios no programa de desestatização

Mas o andamento do processo está condicionado à aprovação pelo Congresso Nacional do novo marco regulatório dos serviços postais

O governo deu mais um passo para privatização dos Correios. A estatal foi incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND), com diretrizes para a privatização. De acordo com o decreto, a alienação se dará por transferência de controle societário em conjunto com a concessão de serviços postais universais. 

Também será transferida a prestação concomitante dos serviços de correspondências e objetos postais e prestação integrada dos serviços de atendimento, tratamento, transportes e distribuição, Assim como a prestação dos serviços com abrangência nacional e a celebração de contrato de concessão, de modo contínuo e com modicidade de preços, dos seguintes serviços postais universais:  carta, simples ou registrada;  impresso, simples ou registrado;  objeto postal sujeito à universalização, com dimensões e peso definidos pelo órgão regulador; e  serviço de telegrama, onde houver a infraestrutura de telecomunicações necessária para a sua execução. 

A desestatização, entretanto, está condicionada à aprovação, pelo Congresso Nacional, do marco legal dos serviços postais. Isto porque, os serviços universais prestados pelos Correios estão previstos na constituição como privativos do Estado. A proposta prevê também que a Anatel irá regulamentar a concessão dos serviços. 

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que o setor público não tem conseguido suprir a demanda por investimentos necessária para o desenvolvimento dos serviços postais brasileiros. “A União deve concentrar os seus esforços nas atividades em que a presença do Estado seja fundamental para a consecução [obtenção] das prioridades nacionais”, diz o texto. 

O decreto determina ainda que o BNDES execute e acompanhe o processo de desestatização dos serviços postais. 

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