Governo flexibiliza certificado digital para reduzir preço a menos de R$ 100,00

Ruy Ramos, assessor do ITI, desafiou as teles a adotar a assinatura online para contratos de celular, em vez de digitalizar documentos
Debate discutiu proteção de dados

O governo federal vai realizar uma série de reformulações normativas para dar mais flexibilidade operacional às empresas emissoras de certificado digital para reduzir o custo do produto a menos de dois dígitos, inferior a R$ 100,00  e massificar o uso pelo cidadão. Reunião com esse objetivo será realizada no próximo dia 30, anunciou hoje, 23, Ruy Ramos, assessor especial do ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), em debate sobre segurança e proteção de dados no último debate do evento Painel TeleBrasil realizado em Brasília.

Em tom de provocação, o assessor lançou um desafio às operadoras de telecomunicações para que passem a adotar o certificado digital para fechar contratos com os consumidores, citando que já foi vítima de fraude na aquisição de uma conta de celular em seu nome, sem que tivesse solicitado o contrato. Coincidentemente, no mesmo debate, o diretor de segurança digital da Cisco para a América Latina, Ghassan Drebi, contou também ter sido vítima  de fraude semelhante, ao apontar as ameaças de ataques que investem cada vez mais nos dados dos consumidores.

Segurança mantida

Segundo o assessor do ITI, essas alterações previstas na produção dos certificados não vão descuidar da segurança dos dados do usuário, mas vão facilitar o barateamento do produto pelos parceiros privados. “Se o certificado hoje  é acima de três dígitos, as propostas já são abaixo de dois dígitos, mas com prazo de validade de três anos. cinco anos para levar essa comodidade a mais pessoas”, afirmou

Ramos explicou que o uso do certificado digital será útil para as operadoras e necessário para o acesso dos cidadãos aos serviços públicos digitais, que prometem ser mais ágeis. “O grande foco do ITI neste ano é levar a massificação do certificado digital perante o cidadão para que usufrua dos serviços públicos, para que o privado, as telefônicas, possam identificar o seu cliente e oferecer serviços seguramente, sem problema de litígio no futuro”, detalhou.

O representante do ITI adiantou que a intenção do governo é juntar a oferta do certificado digital com o lançamento da DNI (Documento Nacional de Identificação Digital), que promete digitalizar documentos oficiais de identidade física. A novidade vai oferecer acesso ao Cadastro de Pessoa Física (CPF), Título de Eleitor e certidões de nascimento e casamento online pelo app Vio – também responsável pela Carteira Nacional de Habilitação (CNH Digital).

 

Avatar photo

Abnor Gondim

Artigos: 787