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Anuário TeleSíntese

Gerenciamento para a internet do futuro

A nova versão da plataforma Sollus foi desenhada para atender ao avanço da Internet das Coisas. A aplicação pode controlar tanto grandes quanto pequenos projetos, em ambientes variados, e incorporar equipamentos conforme a demanda.

O Tele.Síntese está publicando as reportagens do Anuário Tele.Síntese de Inovação 2018. Abaixo, conheça o Web Sollus, serviço criado pela Ativa Soluções, segunda colocada no Prêmio Anuário Tele.Síntese de Inovação na categoria Fornecedores de Software e Serviços.

Gerenciamento para a internet do futuro

Por Patrícia Cornils

O DNA da Ativa Soluções é gerenciar e controlar qualquer coisa em qualquer lugar do mundo. A empresa oferece soluções Máquina a Máquina (M2M) e de Internet das Coisas (IoT) para telemetria e gerenciamento remoto. Desde 2014, a Ativa provê serviços com sua Plataforma de Gerenciamento Sollus aos segmentos mais variados: meio ambiente (hidrologia, saneamento, agronegócio, desastres naturais), energia, gás, petróleo, transporte, telecomunicações, radiodifusão e TV Digital, segurança eletrônica e automação bancária, industrial e residencial. Hoje, a rede usada para conectar este universo de sensores, medidores e atuadores é a internet. Em 2019, a Ativa lança uma nova versão Sollus, que vai incorporar arquiteturas que emergem em pesquisas sobre a Internet do Futuro (Future Internet – FI).

Internet do Futuro é o termo criado para definir o campo de pesquisas que redesenham o protocolo e a estrutura da internet atual. Criada há 40 anos, antes de sequer existirem serviços e aplicações que hoje usamos o tempo todo, a internet tornou-se popular muito rapidamente, explica Isabela Carvalho, engenheira de Aplicações da Ativa Soluções. “Esse rápido crescimento causou o aparecimento de um enorme número de protocolos e o surgimento de diversos softwares proprietários e de diferentes modelos de gerenciamento e controle”, acrescenta ela.

O grande número de equipamentos a serem gerenciados, assim como o uso de dados gerados por diversas aplicações, em diferentes segmentos, torna este monitoramento cada vez mais complexo e gera desafios de segurança, privacidade, distribuição de conteúdo. É a esses temas que se dedicam os pesquisadores e pesquisadoras da Internet do Futuro, como Isabela Carvalho (foto). No caso da nova versão da Sollus, isto se traduz no desafio de integrar as principais funções de gerenciamento. E a inovação é usar as pesquisas sobe Internet do Futuro para integrar este
ecossistema em vez de recorrer à solução tradicional de simplesmente acrescentar recursos na rede.

Um exemplo é o enorme número de protocolos de supervisão e monitoramento usados hoje: SNMP, ModbusRTU, ModbusTCP, DNP3.0, etc. Entre eles, o mais usado é o protocolo SNMP, cuja simplicidade de implementação o tornou padrão de fato da indústria. A nova versão da Sollus foi pensada para se integrar a qualquer equipamento que use protocolo SNMP ou protocolo proprietário. Para integrar equipamentos legados e novos, ou seja, dispositivos que possuem o protocolo SNMP e também dispositivos para IoT. E também para ser flexível e adaptável o suficiente para lidar com o ambiente dinâmico e convergente das redes. Trata-se de um modelo de gerenciamento de rede que opera em diferentes redes de comunicação, recebe e processa dados gerados por equipamentos de diferentes padrões e tecnologias, se comunica em diversos protocolos.

Programas de manutenção preventiva e corretiva já são utilizados de forma sistemática por empresas, para encontrar falhas por meio de visitas periódicas e/ou predefinidas aos locais de manutenção, agindo diretamente nas falhas que comprometem o perfeito funcionamento dos recursos. Essas manutenções, no entanto, são demoradas, caras e nem sempre atuam diretamente na causa raiz do problema, constata Edson José Rennó Ribeiro, diretor-geral da Ativa Soluções. Além disso, dependem excessivamente da interferência humana, o que as torna mais suscetíveis a falhas.

Este cenário motivou a empresa a desenvolver a Plataforma de Gerenciamento Web Sollus, para supervisionar, manter e monitorar recursos por meio do sensoriamento do meio. A primeira versão chegou ao mercado em 2008 e seu foco era o gerenciamento e controle M2M. No final de 2016, Isabela Carvalho especificou em sua tese de mestrado uma arquitetura de gerenciamento e controle para a Internet do Futuro (Future Internet – FI). Neste trabalho, ela reexaminou os modelos atuais de controle e gerenciamento de redes e computação em nuvem.
A partir de sua tese de mestrado, a equipe da Ativa iniciou o desenvolvimento da nova versão da Plataforma de Gerência Sollus.

As plataformas de gerenciamento são, em sua maioria, focadas em uma vertical e não interromperam com outras soluções – o que é um contrassenso quando pensamos na Internet das Coisas, onde dados gerados por um segmento são, o tempo todo, processados e usados por outro. “O diferencial da Ativa é que implementamos arquiteturas atuais de supervisão, manutenção e monitoramento de recursos e apresentamos um modelo de software que aborda com eficácia requisitos como escalabilidade, interoperabilidade, heterogeneidade de recursos, elasticidade, ciclo de vida de objetos e serviços”, conta Isabela.

A nova arquitetura vai permitir que a aplicação seja implementada tanto em pequenos quanto em grandes projetos, em cenários diversos e capaz de incorporar equipamentos conforme a demanda. Esta foi a maneira encontrada pela Ativa para, com o advento da IoT, se atualizar sem perder seu DNA. A experiência de mercado de mais de dez anos, assim como a variedade de segmentos que a empresa atende, são insumos dessa nova solução. “Vamos explorar o potencial da Sollus para enfrentar os desafios que temos identificado no mercado. Com certeza, será um sucesso”, prevê Isabela.

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