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França pode ser palco de consolidação

Orange e a Bouygues Telecom confirmam rumores de que estão negociando uma fusão.

bandeira frança

O mercado francês iniciou o ano com a confirmação de que a Orange e a Bouygues Telecom estão negociando uma fusão. As operadoras são, respectivamente, primeira e terceira maiores do país. Juntas, somariam quase 40 milhões de usuários, mais de 50% de penetração.

Além delas, o mercado local tem a SFR, pertencente ao grupo Altice, que comprou a Portugal Telecom da Oi, com cerca de 22 milhões de clientes, e a Free, do grupo Iliad, com pouco mais de 10 milhões de clientes. A consolidação afetaria os planos de expansão da Altice, que ano passado já tentou, sem sucesso, comprar a Bouygues. No lugar, adquiriu a operação local da Virgin Mobile. Em 2014, a Altice comprou a SFR, da Vivendi, antiga dona da GVT.

A Orange divulgou hoje, 05, comunicado em que avisou que as conversas estão acontecendo. Mas ressaltou que a negociação ainda não tem prazo para se encerrar. Diz, também, “que não há compromisso algum em se obter um resultado predefinido”, ou seja, não significa que a companhia está perseguindo a consolidação a qualquer preço.

“A Orange busca oportunidades no mercado francês de telecomunicações, sem perder de vista seus investimentos e posição que ocupa, o que lhe garante total independência nas abordagens”, ressalta. A Bouygues Telecom, por sua vez, emitiu um comunicado no qual confirmou as conversas, mas ressaltando que as companhias assinaram acordos de confidencialidade.

Os rumores de que a Orange tenta comprar a Bouygues circulam desde 2014. A imprensa local estima a operação em € 10 bilhões, com a maior parte da transação acontecendo com base em troca de ações. Nada confirmado pelas empresas.

Banco
A Orange também comunicou que iniciou negociações com o Grupama, seguradora. A intenção é adquirir 65% da divisão bancária da empresa. O objetivo, com a aquisição, seria lançar um banco com a marca da operadora no começo de 2017. O banco atuaria no mercado francês, já com planos de expansão para outros países da Europa, como Espanha ou Bélgica.

Segundo nota da empresa, o banco se beneficiaria de infraestrutura já existente, principalmente para suas operações online. O negócio pode resultar, segundo o CEO da Orange, Stephane Richard, em um banco 100% móvel. A Orange já opera serviços bancários na África e no Oriente Médio. O valor da proposta não foi revelado. (Com agências internacionais)

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