Focus: Bancos esperam mais juros e menos inflação até o fim do ano

A previsão é de que a Selic feche o ano em 13,75%. E a inflação em 7,96%, ante a projeção anterior de 8,89%. A queda da expectativa de inflação é motivada pelo corte no ICMS na gasolina e telecomunicações, entre outros.
A queda na inflação seria provocada pelo corte no ICMS.Crédito: Freepick

Os bancos estimam mais juros e menor inflação até dezembro deste ano. A estimativa é de que haverá aumento na taxa básica de juros da economia, a Selic. Conforme o boletim Focus do Banco Central, publicado hoje, 8,  a previsão é de que a taxa encerrará o ano em 13,75%, ante 13,25% previstos em abril. Em relação à inflação, o mercado financeiro reduziu de 8,89% para 7,96% a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022. Esse é o índice que mede a inflação oficial do país.

Atualmente, a taxa Selic está em 13,25% ao ano, a maior desde dezembro de 2016. O Comitê de Política (Copom) do Banco Central, quem define a taxa, já sinalizou uma nova alta em agosto, para 13,5% ou 13,75% e a manutenção dos juros mais altos durante um período prolongado de tempo.

Queda da inflação

A queda na estimava para a inflação deste ano coincide com o teto de 18% estabelecido para a alíquota de ICMS (imposto estadual) sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo.

Como esses itens têm peso importante na composição da inflação, além de afetarem indiretamente o preço de diversos produtos, vários analistas do mercado esperam queda da inflação em julho, o que não ocorre desde maio de 2020.

Se o mercado reduziu a projeção de inflação para este ano, por outro lado, aumentou para 2023. A expectativa é que o IPCA encerre o próximo ano 5,01%, ante 4,39% previstos há quatro semana.

PIB

O mercado financeiro também passou a prever um alta maior do PIB em 2022 ano. A previsão é que a economia brasileira cresça 1,51%, ante 1,20% previsto há quatro semanas. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

(com agências). 

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Redação DMI

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