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Relatório da CPI da Pandemia propõe mudanças no Marco Civil da Internet

Relatório final da CPI sugere proibição do uso de bots, criminalização da criação e divulgação de notícias falsas, e exigência de CPF para uso de rede social.
CPI da Pandemia - Crédito: Freepik
CPI da Pandemia – Crédito: Freepik

O relatório final da CPI da Pandemia, divulgado nesta semana, traz propostas para combater a desinformação nos meios digitais. Entre as medidas elencadas estão a proibição dos bots em contas automatizadas e exigência de CPF para quem usar as redes sociais no país.

O documento propõe a criação de PL para alterar os Códigos Penal e de Processo Penal) a fim de criminalizar a criação e divulgação de notícias falsas (fake news) a respeito de casos envolvendo a saúde pública. Nele, sugere o crime de criação ou divulgação de notícia falsa.

O PL define rede social como “aplicação de internet, provida por pessoa jurídica que exerça a atividade com fins econômicos e de forma organizada, que serve para permitir a publicação e a divulgação de mensagens para seus usuários. Conectados entre si por meio de vínculos de relacionamento”.

Garantia de identificação

O outro PL proposto pela CPI altera o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/14), que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Um dos artigos do PL exige a identificação do usuário de rede social por meio do CPF.

“Art. 11-A. O provedor de rede social deverá garantir a identificação inequívoca do usuário que fizer publicação ou divulgação de mensagem em sua aplicação, quando essa mensagem for transmitida ou recebida por usuário localizado em território nacional”.

O tipo de conta automatizada, a exemplo do Telegram, que interage com usuários e imita habilidades humanas também está com os dias contatos se o PL virar lei. É o que diz os parágrafos 6º e 7º.

Confira aqui o relatório da CPI da Pandemia.

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