Fim do desperdício

A solução em IoT da Ativa realiza remotamente o controle da Válvula Redutora de Pressão (VRP) para que haja distribuição correta de água, evitando desperdícios
Edson José Rennó Ribeiro

Por José Norberto Flesch

[O Tele.Síntese publica ao longo das próximas semanas as reportagens publicadas no Anuário Tele.Síntese de Inovação 2020, editado no final do ano passado e que pode ser baixado na íntegra e gratuitamente aqui]

Atualmente, 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e metade da população não tem serviços de  coleta de esgoto. As perdas de água na rede de distribuição são de cerca de 40%. Somente na cidade de São Paulo são realizados cerca de 16.000 reparos de vazamento de água/mês. Frente a todos esses problemas entra a Ativa Soluções Tecnológicas, de Santa Rita do Sapucaí (MG). A empresa criou a Solução em IoT para Saneamento – Controlador VRP – Válvula Redutora de Pressão.

Como indica o nome, trata-se de um mecanismo inovador inteligente em IoT capaz de realizar remotamente o  controle da Válvula Redutora de Pressão (VRP) para que haja distribuição correta de água, de modo a manter otimizada a pressão sem prejuízo ao serviço de abastecimento. Sua modulação é baseada por tempo, vazão e ponto crítico.

“Há um grande desafio tecnológico nesse produto, uma grande inovação, que é ser um produto que tem a capacidade de monitorar a grandeza de pressão e controlar essa grandeza, que é o controle da válvula, como se fosse abrir e  fechar o registro, num linguajar mais simples”, conta Edson José Rennó Ribeiro, presidente da Ativa.

Ele destaca ainda outras duas inovações, que são transmitir essas informações praticamente em tempo real, e o mais bacana: é um produto autônomo, que não tem energia elétrica alimentando-o para que funcione. “Então imagina: é  um equipamento para funcionar debaixo da terra, literalmente, já que é instalado em ruas e galerias, e sem energia elétrica, já que tem uma bateria interna, transmite os dados e funciona por até cinco anos”, explica Ribeiro.

O desenvolvimento envolveu muitas competências de engenharia. “Falamos de engenharia hidráulica, elétrica e de telecom. Isso é um expertise aqui na nossa empresa. Essa somatória de habilidades muito nos orgulha”, enfatiza o  presidente da Ativa.

A empresa investiu R$ 1 milhão, durante mais de um ano, pensando no Marco do Saneamento. Por ser um produto  muito novo, ainda não tem um número muito expressivo de usuários, diz Ribeiro. “Lançamos essa versão há quase um ano e estamos com um trabalho de divulgação e apresentação do produto para o mercado todo. A pandemia  dificultou porque muitos clientes querem ver e testar, então, não conseguimos tantas homologações. Mas já estamos em contato com as principais companhias de saneamento do país.”

A solução da Ativa pode ser muito útil, por exemplo, para hospitais e para o agronegócio, acrescenta: “De acordo com o perfil da situação, será aberta ou fechada uma determinada válvula. Num hospital há inúmeras possibilidades de aplicação como essa, assim como no agronegócio, afinal estamos falando de água, de otimizar sistemas, de salvar  vidas.”

Edson volta a falar sobre as vantagens de seu produto. “A operação tem resultado praticamente imediato no sentido  da eficiência operacional que a solução traz ao cliente. E o que é essa eficiência? No simples fato de você controlar a pressão da adutora, da distribuição de água, o que antes não era feito, você já tem uma redução de perdas, e a perda, no saneamento, é muito alta. A média nacional de perdas é de cerca de 37%. Em certas companhias, chega a mais de 50%.”

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