PORTAL DE TELECOM, INTERNET E TIC

Banda larga

Fibra óptica é principal tecnologia de conexão nas prefeituras, aponta pesquisa

Pesquisa TIC Governo Eletrônico revela que Judiciário adere mais rapidamente à nuvem que outros poderes, e que big data é utilizado em 23% dos órgãos federais ou estaduais com departamento de TI.
funds created by colored lamps fiber optic

O Comitê Gestor da Intermet no Brasil (CGI.br) divulgou hoje, 12, a nova edição da pesquisa TIC Governo Eletrônico. O trabalho faz um levantamento sobre o uso de tecnologias por órgãos públicos, governos estaduais e municipais. Na versão deste ano, o material detectou que a expansão das redes de fibra óptica beneficiou diretamente a esfera pública. Entre 2017 e 2019, cresceu o número de prefeituras que ganharam acesso à internet por meio da tecnologia baseada em fibra.

No ano passado, a tecnologia de fibra óptica na conexão à internet foi a mais citada tanto por órgãos públicos federais e estaduais (94%) quanto prefeituras (73%). Houve aumento especialmente nos municípios com até 100 mil habitantes. A proporção de prefeituras com conexão via fibra óptica e com até 10 mil habitantes passou de 32% em 2017, para 63% em 2019. Já entre os municípios entre 10 mil e 100 mil habitantes o número subiu de 52% para 79%.

A conexão por fibra óptica está mais presente nas prefeituras da região Sul (89%), seguida por Sudeste (77%), Nordeste (66%), Centro-Oeste (58%) e Norte (54%).

A pesquisa TIC Governo Eletrônico aponta ainda disparidades relacionadas ao tamanho da população: na região Norte, apenas 31% dos municípios com até 5 mil habitantes possuíam conexão via fibra óptica, enquanto a proporção é de 61% naqueles com mais de 20 mil até 50 mil habitantes.

Serviços ao cidadão

Mais conectado, o poder público ampliou a presença digital. Em 2019, 85% dos órgãos públicos federais e estaduais e 82% das prefeituras tinham perfil em redes sociais. A presença on-line por meio de websites atingiu 95%, tanto entre os órgãos públicos federais e estaduais, como prefeituras.

Mas a adesão a novas tecnologias para atender melhor o cidadão é lenta. De acordo com a pesquisa, menos de 10% dos websites de órgãos federais e estaduais disponibilizaram atendimento em tempo real, seja por atendentes (chats, 6%), seja por meio de chatbots ou assistentes virtuais (7%).

Entre aqueles órgãos com perfis em redes sociais, 18% declararam possuir atendimento em tempo real e 9% chatbots ou assistentes virtuais em suas redes. Já entre as prefeituras, 13% disponibilizaram atendimento por meio de chats em seu sítio web e 16% nos perfis ou contas em redes sociais.

Serviços não automatizados, no entanto, evoluíram. Cresceram a emissão de nota fiscal eletrônica (de 51% para 69%), o preenchimento ou envio de formulários via sítio na web (de 55% para 61%) e a emissão de boletos de tributos ou outras guias de pagamentos (de 38% para 53%). Entre os serviços investigados pela pesquisa, ações como realizar agendamentos para consultas, atendimentos ou serviços (25%) ou fazer inscrição ou matrícula para concursos, cursos e escolas (40%) ainda são baixas.

Judiciário adere mais rápido à nuvem

No que se refere a serviços baseados na adoção de novas tecnologias, o serviço mais utilizado pelos órgãos federais e estaduais com departamento de TI foi o e-mail em nuvem (36%) – um crescimento de 11 pontos percentuais em relação a 2017. Houve maior adesão ao serviço entre órgãos do Poder Judiciário (de 15% em 2017, para 40% em 2019) e órgãos federais (de 19% em 2017, para 40% em 2019).

Foram coletados também indicadores inéditos sobre análise de big data entre os órgãos públicos federais e estaduais: cerca de 23% daqueles que possuem departamento ou área de TI fizeram esse tipo de análise. Entre eles, 41% utilizaram dados de geolocalização provenientes do uso de dispositivos portáteis como telefone móvel, conexão wireless ou GPS; 41% utilizaram dados de plataformas como redes sociais, blogs e websites de compartilhamento de conteúdo multimídia; e 33% fizeram uso de dados de dispositivos inteligentes ou sensores como trocas de dados entre máquinas, sensores digitais ou etiquetas de identificação por radiofrequência. Três a cada quatro órgãos federais e estaduais que realizaram análise de big data nos últimos 12 meses declararam ainda que utilizaram outras fontes de dados. (Com assessoria de imprensa)

TEMAS RELACIONADOS

ARTIGOS SUGERIDOS