Fiagros conquista 96% de investidores pessoa física

Vistos como instrumentos de diversificação, os Fiagros conectam investidores ao agronegócio, um dos setores mais importantes para o PIB brasileiro
Fiagros conquista 96% de investidores pessoa física-Crédito: Freepik
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Os Fiagros, Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais, caíram nas graças das pessoas físicas que buscam diversificar seu portfólio. O percentual de investidores individuais detentores das ofertas saltou de 88% em 2021 para 95,8%, nos três primeiros meses deste ano, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Entre janeiro e março de 2022, as ofertas somaram R$ 1,88 bilhão, considerando tanto as abertas (CVM 400) quanto as de esforços restritos (CVM 476). O valor supera o volume ofertado ao longo de 2021, atingindo R$ 1,23 bilhão. O primeiro fundo data de outubro do ano passado.

“Esperamos que os Fiagros ganhem mais tração nos próximos meses, pois são importantes ferramentas de diversificação para o investidor que já tem FIIs, principalmente de papel, e fundos de renda fixa na carteira”, afirmou  André Ito, sócio da MAV Capital. O que mais atraiu os cerca de 40 mil cotistas, segundo ele, foi o fato de os fundos de agronegócio contarem com isenção de imposto de renda e retornos positivos no longo prazo.

“Em um cenário de alta de juros e da volatilidade do mercado, além de tudo que temos visto em termos de instabilidade política e guerra, é natural que o mercado se volte para a renda fixa. Dentro dessas expectativas, os Fiagros devem crescer bastante nos próximos meses, por serem ativos que oferecem bons retornos maiores que a média de mercado no médio-longo prazo”, observou Ito.

Na sua opinião, os dados macroeconômicos se mostram favoráveis ao agronegócio. “Deve-se ponderar que a pressão nos custos das commodities terá impacto direto na inflação, afetando também a taxa de juros. Este cenário é negativo para diversos setores, como varejo e indústria. Já o agronegócio, que tem como repassar a alta dos custos diante da oferta internacional reduzida, tende a sofrer menos e manter uma performance positiva”, concluiu.

(Com assessoria)

 

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Redação DMI

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