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Política

Febraban cobra mais propostas e menos ideologia na corrida eleitoral

Febraban diz que próximo governo terá de encarar a reforma tributária
Crédito: Painel Telebrasil Summit 2022
Isaac Sidney, presidente da Febraban – crédito: Painel Telebrasil Summit 2022

Não haverá alternativa para quem assumir o comando do governo, em 2023, que não seja retomar agenda de reformas, e a tributária é a principal delas, segundo a Febraban. O posicionamento foi apresentado nesta terça, 28, pelo presidente da federação dos bancos, Isaac Sidney, durante pronunciamento no Painel Telebrasil Summit, em Brasília, que teve a presença de inúmeras outras autoridades.

O discurso do presidente da Febraban foi ainda mais abrangente que a reforma tributária. Ele cobrou propostas. “Ajudaria muito a reduzir as incertezas se os candidatos (à presidência) expusessem mais as suas propostas e menos suas ideologias”, falou Sidney.

Citou como exemplo a questão fiscal e disse torcer para que não surjam “opções populistas”. Se isso acontecer, falou o presidente da Febraban, teremos “um cenário mais complexo”.

“A condicional é que a expectativa seja mais racional, com discussões. As eleições trazem perspectiva de retomada da agenda que o país volte a crescer”, continuou.

Cenário ruim

Após apresentar um resumo do que tem acontecido na recente política econômica mundial, Isaac Sidney disse que a previsão é que o FED decida por taxas de juros próximas a 4% ao ano, no início de 2023. “Seria algo inédito nos últimos anos, e a questão é se a elevação de juros vai ser suficiente para levar inflação à meta de 2%.”

Sidney continuou em tom de alerta: “Olhar o tamanho do quadro recessivo nos demais países seria suficiente para nos mostrar o desafio que vamos enfrentar no ano que vem. E é pouco provável que tenhamos ajuda externa”.

Inadimplência

Para o presidente da Febraban, a tendência é que a inadimplência “siga em deterioração”. Ele acredita em juros elevados e taxas maiores, mas acha que “não vamos perder o controle”.

“A dúvida é se taxa volta aos níveis pré-pandemia ou se explode”, disse.

Telecom

No final de seu discurso, ao se referir às telecomunicações, Sidney afirmou que o setor “só vai crescer com a redução da cunha fiscal e a redução do custo do crédito”.

Disse que os bancos investiram cerca de R$ 20 bilhões, em 2020, e R$ 30 bilhões no ano passado, no setor; e que há uma projeção de investimento de R$ 35 bilhões para 2022.

“Estamos engajados no prcesso de transformação digital. Cerca de 80% das transações bancárias já são feitas pelos canais digitais. Temos expectativa positiva para a chegada do 5G, com frentes importantes: o PIX, o open finance. Vamos continuar sendo um setor de vanguarda”, concluiu.

 

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