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Faria: “Leilão será feito em junho pela Anatel. O TCU fiscaliza e Bolsonaro decide”

Na internet, ministro das comunicações responde a seguidores e diz que o Presidente Jair Bolsonaro ainda pode interferir no leilão. Nesta quinta, ele esteve na sede da Huawei, na China, e foi alvo de críticas por parte de apoiadores do governo.
O Ministro Fabio Faria se reúne com executivos da Huawei em Shenzhen, na China

O ministro das Comunicações Fábio Faria publicou hoje, 11, em seu perfil no Twitter, mensagem na qual diz que o leilão da 5G será realizado em junho pela Anatel e que o presidente Jair Bolsonaro terá papel decisivo na disputa.

A mensagem foi enviada de Shenzhen, na China, onde se encontra hoje Faria. Ele visitou as instalações da Huawei, na última etapa de uma turnê mundial que passou por Suécia, Finlândia, Coreia do Sul e Japão nos dias anteriores.

Em cada parada, Faria, acompanhado de ministros do TCU e de comitiva do Minicom, conheceu a sede dos fabricantes de equipamentos 5G locais. Esteve na matriz da Ericsson, da Nokia, da Samsung, da NEC e da Fujitsu.

Tanto na Suécia, como na China, fez mais do que tratar de telecomunicações. O ministro se encontrou com representantes ou acionistas de laboratórios locais e solicitou acesso acelerado a vacinas e insumos para a produção de vacinas contra a covid-19.

Conforme Faria, os pedidos por vacina não têm qualquer relação com negociações a respeito de restrições, ou não, a fornecedores de redes 5G no Brasil. Muito embora a pasta tenha sido convocada para tratar do assunto no auge da crise da vacina, em janeiro, quando o governo federal disputava com o governo de São Paulo o protagonismo pelo início da imunização de brasileiros.

Em 2020, o governo analisava um alinhamento do país à política Rede Limpa, criada pelo governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Tal política impede que empresas chinesas sejam as fornecedoras de redes 5G. O país asiático, no entanto, é o principal fornecedor de doses acabadas e insumos das vacinas utilizadas no Brasil.

Em resposta às mensagens do ministro, diversos apoiadores de Bolsonaro conclamam o governo a barrar a tecnologia da China no certame, reproduzindo alegações nunca confirmadas de que é insegura. A Huawei é a maior fabricante de equipamentos de rede móvel do mundo, seguida por Ericsson e Nokia.

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