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Congresso nacional

Falta de chip vai atingir eletroeletrônico, diz secretário do MCTI

Paulo Alvim defendeu a continuidade e o fortalecimento do PADIS ( (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays)

 

Paulo Alvim , Secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações - Crédito: Divulgação/Câmara dos Deputados
Paulo Alvim , Secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – Crédito: Divulgação/Câmara dos Deputados

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações está lutando não só pela continuidade, mas também pelo fortalecimento do PADIS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays) porque isso é essencial para o setor de semicondutores. A afirmação veio de  Paulo Alvim, Secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, durante audiência nesta segunda, 4, na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados.

“Mais do que nunca se torna estratégico preservar o PADIS. Chegamos a ter 23 empresas do setor no país. Hoje temos 14. Por conta da pandemia do Covid-19, há escassez de semicondutores. Foi afetada principalmente a indústria automobilística, mas isso vai chegar à linha branca e a indústria de eletroeletrônicos”, falou Alvim.

“É algo que vai comprometer a oportunidade de reindustrialização do país. Por isso estamos, nós, no Ministério, lutando não só pela continuidade, mas também pelo fortalecimento do PADIS”, completou o secretário.

Cooperação 

Também painelista na audiência deste segunda, Margarete Gandini, Coordenadora-Geral de Implementação e Fiscalização de Regimes Automotivos da Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, concorda que deve haver interferência do Estado na questão, mas de forma cooperativa.

Segundo Gandini, durante a pandemia a indústria de semicondutores, setor que no Brasil fatura mais de 3 bilhões por ano e gera mais de 2.500 empregos qualificados, deslocou sua produção para atendimento de setores com demanda crescente, o que impactou a oferta de semicondutores para o setor automotivo. A solução para acertar essa balança está em outra balança.

“Os casos de sucesso no mundo envolveram a cooperação entre o Estado, o setor privado e a academia para o desenvolvimento de políticas que estimulem a indústria para a continuidade do progresso tecnológico. Países da União Europeia, EUA, China, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura e Israel possuem políticas públicas para atrair e fortalecer a indústria de semicondutores”, discursou.

As principais ações, nesse sentido, são o apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação; capital humano de excelência, desoneração da produção, e agilidade logística (facilidade de entrada e saída de insumos), disse.

 

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