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EUA acusam a Huawei de roubar segredos industriais

Departamento de Justiça diz que a fabricante chinesa obteve código fonte de roteador, tecnologia de antenas móveis e testes robotizados de empresas norte-americanas de forma ilegal

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O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos voltou a acusar a Huawei de práticas ilegais em solo norte-americano. Segundo o órgão, a gigante chinesa formou uma organização criminosa e tentou roubar segredos industriais de ao menos seis empresas de tecnologia locais.

As novas acusações se somam às outras, feitas em janeiro de 2019, e se dirigem a quatro subsidiárias da Huawei, além da CFO Wanzhou Meng (Sabrina Meng). O processo corre em tribunal federal de Nova York.

Segundo o DoJ, a Huawei passou as últimas décadas tentando obter propriedade intelectual de empresas americanas, entre as quais, códigos fonte de softwares, manuais de usuário de roteadores, tecnologia de antenas e de testes robotizados. E conseguiu.

A prática de roubo de segredos industriais aconteceria da seguinte forma, segundo o DoJ: a Huawei assinaria contratos de confidencialidade com os donos norte-americanos da propriedade intelectual, mas depois violaria os termos dos contratos usando comercialmente os segredos as quais teve acesso de forma sigilosa, contratando empregados das empresas vitimadas que eram convencidos a revelar detalhes sobre os negócios de seus ex-patrões e obtendo informações de professores que trabalhavam em instituições de pesquisa.

O DoJ também volta a acusar a fabricante de burlar sanções impostas por Estados Unidos, União Europeia e Nações Unidas ao Irã e à Coreia do Norte e tentar camuflar as vendas que fazia aos governos desses países.

Vale lembrar que os EUA, sobre a presidência de Donald Trump, vêm trocando acusações com a China e restringindo a operação de fabricantes chineses no país nos últimos anos. O presidente norte-americano tenta negociar novos termos para o comércio com o gigante asiático, em um movimento que é considerado uma verdadeira guerra comercial. A Huawei se diz vítima dessa estratégia. O governo Trump insiste, no entanto, em acusar a fabricante, banida do solo americano, de violações à segurança, às regras locais de mercado e espionagem para o governo chinês.

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