Escassez de mão de obra qualificada impacta até as vendas

Levantamento da Abinee sobre o tema mostra que 98% dos entrevistados está promovendo capacitação na própria empresa. Institutos de pesquisa estão com demanda alta por profissionais especializados

A indústria eletroeletrônica vem sentindo há algum tempo o impacto da escassez de mão de obra qualificada. A procura é alta e de acordo com pesquisa sobre o tema realizado pela Abinee (Associação da Indústria Elétrica e Eletrônica), que também mostra que esse problema afeta a produtividade — declarada por 59% dos entrevistados — , dificuldades no desenvolvimento de produtos, relatada por 49%,  diminuição nas vendas para 26% , aumento no prazo de entrega, conforme 23% e atraso no uso de tecnologia, para 18%. Até o extremo de máquinas paradas consta entre as respostas, apesar de um percentual bem baixo (3%).

Os indicadores de mão de obra qualificada da entidade revelam ainda que 95% dos respondentes atribuem a dificuldade de preenchimento de vagas justamente pela falta de profissional especializado. Já 22% confessam que os salários oferecidos não atendem à expectativa dos candidatos e 20% acreditam que não há interesse por parte dos que são contatados pelas companhias.

Dos entrevistados, 98% realizam capacitação na própria empresa, 68% promovem essa qualificação fora da companhia, com instituições de pesquisa, escolas técnicas e universidades. Há ainda investimento em automação ou contratação de serviços tecnológicos. 46% informaram que terceirizam a etapa do processo de fabricação. Na avaliação dos executivos que participaram do levantamento, um programa de benefícios (66%), modelo de trabalho híbrido (56%), salário atrativo (44%) e plano de carreira (41%) são medidas que podem ajudar a atrair mão de obra especializada.

Escassez de profissionais qualificados
Pesquisa da Abinee trata de escassez de profissionais qualificados

A Abinee também levou este tema aos institutos de pesquisa e todos, de acordo com a pesquisa, estão precisando de mão de obra qualificada neste momento. As maiores demandas estão na área de projetos (75%), engenharia (63%), marketing (38%), vendas, financeiro e administração, todos os três com 13%.

 

 

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Da Redação

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