Ericsson e Huawei assinam acordo de patentes

Acordo de troca de patentes com a Ericsson é inédito em extensão, diz a Huawei: tem duração de "longo prazo"

(crédito: Divulgação)

A Ericsson e a Huawei assinaram um acordo para troca de patentes de “longo prazo”. Pelos termos, a chinesa terá acesso a propriedade intelectual da fabricante sueca da infraestrutura de rede aos celulares, e vice-versa.

Segundo a Huawei, o acordo abrange tecnologias padronizadas e certificadas pelo 3GPP, pela UIT, pelo IEEE e pela IETF para 3G, 4G e 5G.

De ambos os lados, as patentes são do tipo essenciais, ou seja, aquelas que fazem parte dos padrões globais em cada geração celular. O acordo não abarca tecnologias exclusivas.

A Huawei, vale lembrar, tem registrado o maior número de patentes para telecomunicações ao longo dos últimos anos, superando Ericsson, Nokia e Qualcomm neste quesito. Em 2022, a empresa pediu registro de 4.505 patentes apenas no escritório europeu de patentes – mais do que Ericsson e Nokia.

“Com o acordo, ambas as empresas reconhecem o valor da propriedade intelectual de cada uma, criando um ambiente de patentes mais robusto. Demonstra comprometimento entre as partes para que propriedade intelectual seja protegida e respeitada”, diz Alan Fan, diretor do departamento de propriedade intelectual da Huawei.

As empresas não revelaram qual a validade do acordo de “longo prazo”. Na Europa, é crescente a preocupação política com a presença da Huawei nas redes, especialmente de quinta geração. Em junho,  a Comissão Europeia publicou a segunda versão do “Toolbox on 5G cybersecurity”, um conjunto de medidas de atenuação dos riscos de cibersegurança associados ao 5G recomendadas aos países da União Europeia. Junto ao documento, assinou nota na qual aprova a decisão dos Estados-Membros que excluíram a Huawei e a ZTE das redes 5G como cumprimento das recomendações de segurança.

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Rafael Bucco

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