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Empresas digitais querem combate às fake news nas escolas

Na esteira da Política Nacional de Educação Digital, Brasscom sugere ao governo ação efetiva nas escolas para jovens aprenderem a checar informações e fazer moderação de conteúdos falaciosos que circulam nas redes sociais

foto de crianças em frente ao notebook. Crédito. Freepik

A Brasscom (Associação Brasileira de TIC) tem solicitado a interlocutores do governo que a regulação de plataformas digitais não foque apenas empresas e propagadores de desinformação, mas que combate às fake news aconteça também com o ensino, nas escolas, de uma leitura crítica do que circula nas redes. A entidade reúne big techs como Microsoft, Amazon, Apple e ByteDance (Tik Tok), além das operadoras Embratel, Telefônica e TIM.

A organização deve apresentar à Secretaria de Relações Institucionais do governo federal uma proposta para que haja nas escolas o ensino da leitura crítica de conteúdos na internet. Dessa forma, os jovens serão formados já sabendo checar informações, como identificar origens duvidosas e como encontrar sites onde o conteúdo publicado segue padrões de confiabilidade e qualidade.

“Queremos dar uma guinada na forma como o debate está sendo feito atualmente. A discussão hoje é toda centrada em punições e obrigações das plataformas e propagadores, não trata de prevenção ou minimização do problema, que se deve às características das redes sociais de compartilhamento entre as pessoas”, diz Sergio Sgobbi, diretor de relações institucionais e governamentais da Brasscom.

Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei de Educação Digital. A PNED (Lei 14.533/23), como foi apelidada, já prevê o desenvolvimento nos estudantes de “competências digitais, midiáticas e informacionais”.

A PNED sancionada, embora mencione a educação midiática, foca principalmente o acesso a conectividade, recursos digitais, formação de docentes, capacitação de jovens para o mercado de trabalho, pesquisa e inovação.

Agora é preciso aprofundar o tema para que o estudante seja capaz de fazer a moderação proativa e não participe da disseminação de boatos e desinformação na internet.

“É necessário um PL que trate da punição aos propagadores, mas também é fundamental algo preventivo para trabalhar na escola, ensinar como se deve checar uma informação e ter uma visão crítica dos fatos”, resume Sgobbi.

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