Empresas se mobilizam contra reforma tributária proposta por Guedes

Ministério da Economia enviou à Câmara em junho proposta que taxa dividendos e eleva o imposto de renda de pessoa jurídica de 34% para 43,2%. Empresas querem mais debate no Congresso Nacional.

Mais de 100 entidades representativas dos mais diversos setores da economia brasileira, dentre elas a Abert, a Conexis Brasil Digital, a Febratel, a Abinee, encaminharam, nesta quarta-feira, 7, ofício aos líderes e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. No texto, criticam a reforma tributária encaminhada pelo Ministro Paulo Guedes à Casa no final de junho.

As entidades alertam para impactos negativos na economia das propostas contidas no PL 2337/2021. Entre as alterações, a reforma mexe no imposto de renda das empresas e tributa dividendos. No ofício, as organizações apontam para a necessidade de “mais discussão do texto e amadurecimento das propostas”, pois consideram que haverá elevação da carga tributária sobre os investimentos.

O grupo fez uma lista de todas as mudanças que trazem algum reflexo negativo, em seu entender. Alegam que as medidas listadas, principalmente com a tributação de dividendos proposta, “desestimulam a atração do investimento produtivo e no mercado de capitais, bem como desfavorecem o empreendedorismo e a geração de empregos”.

Apontam ainda para aumento da carga tributária, da burocracia, da complexidade e da insegurança. Ao longo do ofício, são feitas diversas considerações sobre problemas identificados, com o impacto direto em pequenas empresas, profissionais liberais, financiamentos setoriais, organização empresarial.

De acordo com o documento, as entidades afirmam que toda a sociedade brasileira sofrerá com menos crescimento econômico, menos empregos e aumento de preços.

Por fim, o setor empresarial solicita ao presidente Arthur Lira e aos líderes mais prazo e espaço para discussão transparente, a partir da criação de uma Comissão Especial para a matéria, visando a elaboração de “uma solução equilibrada, com impacto neutro sobre a arrecadação, e que seja efetivamente capaz de garantir crescimento, empregos e justiça social em nosso País”.

O ofício enviado pelas organizações pode ser lido na íntegra aqui.

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Da Redação

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