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Empresas de internet provocaram perdas milionárias às teles europeias

Estudo encomendado pela Etno indica que teles europeias perderam € 100 milhões/dia na última década para as empresas da internet que competem com elas na oferta de serviços.

Designed by Alekksall / FreepikA perda de competitividade do setor europeu de telecomunicações é uma séria ameaça a seu futuro, segundo um estudo encomendado pela Etno, a entidade regional que representa as operadoras. De acordo com o relatório, contratado à consultoria Accenture, as operadoras perderam € 100 milhões por dia para as empresas de internet, as chamadas empresas disruptivas, na última década. Isso porque estão submetidas a uma pesada regulação, enquanto as empresas do mundo web, mesmo oferecendo serviços que competem com os seus, não são reguladas.

O relatório foi divulgado pela Etno na véspera da abertura do FT-Etno Summit 2017, que começa amanhã, 27, em Bruxelas com o objetivo de debater os desafios da digitalização e do que é preciso mudar. E está sendo visto como um instrumento de pressão para alertar os reguladores europeus de que as regras regulatórias precisam ser abrandadas para incentivas os investimentos.

De acordo com reportagem do jornal Financial Times, fontes da ETNO informaram que a participação das operadoras europeias no lucro global do setor caiu de 36%, em 2006, para 11%, atualmente. A receita média por usuário (Arpu) de celular passou de € 14 por mês, em 2008, para € 6,4, em 2016. Enquanto isso, os serviços digitais aumentam a demanda por conectividade, especialmente em dispositivos móveis. No geral, o Arpu no setor de telecomunicações da UE diminuiu de € 44 por mês, em 2008, para € 37, em 2016.

O relatório, batizado “Liderar ou Perder”, diz que as empresas de telecomunicações ainda poderiam estar no centro de uma transformação da economia que poderia gerar US$ 4 bilhões de valor por dia sob a forma de benefícios para o consumidor e oportunidades de negócios. Mas a Europa primeiro precisaria, primeiro, segundo a consultoria, de uma política decisiva para destravar os investimentos, tornando a regulação mais flexível e menos onerosa.

O relatório argumenta, ainda, que a Europa precisa liderar em áreas estratégicas, como Internet das Coisas, desenvolvimento de redes de alta velocidade com uso disseminado de tecnologia 5G e fibra. Também exige o estabelecimento de uma autoridade comum para gerenciar identidades pessoais únicas e o uso seguro de novas tecnologias, incluindo inteligência artificial. (Com noticiário internacional)

 

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