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Elifas Gurgel quer telecom pagando a conta da interferência da 5G nas parabólicas

Outra alternativa sugerida pelo secretário é não vender a frequência de 3,5 GHz. E acha que o IBGE deveria fazer uma pesquisa mais detalhada para confirmar o número de casas que dependem do satélite para assistir a TV aberta.

As operadoras de celular e usuários da 5G devem pagar o custo da mitigação das interferências  que a 5G poderá provocar nos programas de TV aberta transmitidos pelas antenas parabólicas. Essa ideia foi defendida pelo secretário de Radiofusão do MCTIC (Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Elifas Gurgel, em entrevista  ao Tele.Síntese.

Amaral também defendeu a realização de nova pesquisa para quantificar os domicílios que têm nesses equipamentos o único acesso à TV aberta. Disse que a pesquisa mais recente sobre o tema, a Pnad/TIC, realizada em 2017 pelo IBGE e divulgada no final de 2018, não foi clara para apontar a quantidade de residências que apresentam essa dependência.|

“Acho que quem está entrando tem a obrigação de olhar para quem já está utilizando”, disse o secretário, ao ser questionado sobre a possibilidade de o governo adotar política pública para colocar o ônus do custo das soluções sobre as interferências no leilão da 5G.  Admitiu que uma alternativa pode ser a 5G não usar a faixa de 3,5 GHz.  Hipótese que não deve ser considerada pela Anatel,  pois essa frequência foi harmonizada em todo o mundo para essa nova tecnologia móvel.

Para o secretário, a questão tem que ser bem debatida. “Tudo é questão de fazer um estudo apropriado para que a gente possa ou conviver com as faixas de frequência próximas ou afastar um pouco mais. A 5G não é obrigada a funcionar em 3,5, ele funciona em outras faixas”, completou.

Gurgel também ponderou que uma nova pesquisa vai dimensionar o impacto da nova tecnologia em relação aos telespectadores das parabólicas. Referindo-se à pesquisa do IBGE e de outras fontes, o secretário comentou: “Esses números são muito pouco precisos. A própria forma como é feita a pesquisa não nos permite dizer se são 15, 20 ou 25 milhões de parabólicas no país. É preciso uma pesquisa mais específica”, acrescentou.

 

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