Crescimento da Shopee gera pressão por mudança de regras do e-commerce

A empresa está sendo acusada pelos sites de e-commerce nacionais de promover concorrência desleal com os produtos brasileiros.
Logomarca da empresa Shopee em fundo cor de laranja - Crédito: Divulgação
A empresa já teria 5% do market share brasileiro, em menos de dois anos. Crédito: Divulgação

A Shopee provoca pressão por mudança nas regras do e-commerce, devido ao seu crescimento vertiginoso no Brasil. Chegando ao país há apenas dois anos, de Singapura, recente relatório da Goldman Sachs aponta que a empresa já possui 5% do market share do e-commerce brasileiro. E  pesquisa promovida pelo portal especializado Mobile Time, já a coloca em primeira posição, à frente de Ifood, Mercado Livre e Americanas.

Mas a Shopee precisaria sofre mudança, porque está sendo acusada pelos sites de e-commerce nacionais, como Magalu, Havan e Casas Bahia, informa o relatório [ EXP], de promover concorrência desleal com os produtos brasileiros. Isso porque, alegam, o site estaria se beneficiando da ausência de imposto de importação sobre os produtos importados de baixo custo – de  menos de US$ 50 – sua especialidade nas vendas.

Para atender aos sites nacionais, informa a revista Exame, o governo brasileiro já estaria preparando uma Medida Provisória (o porta-voz da reclamação é o bolsonarista de carteirinha, dono da Havan) para alterar as atuais normas do Imposto de Importação aplicado sobre compras feitas pela internet. Atualmente, a taxação da alíquota de 60% sobre os produtos importados só é aplicada para bens que custam acima de US$ 50 (R$ 250 ao valor do câmbio comercial de hoje, 4). E por isso, estariam concorrendo com mais vantagens tributárias em relação aos produtos fabricados internamente.

A expectativa dos sites  nacionais é que essa MP seja publicada ainda no mês de maio. Mas o aumento do imposto só passaria a valer 90 dias depois, conforme as regras tributárias nacionais.

Na pesquisa promovida pelo portal Mobile Time, que apurou a Shopee como primeira do ranking, foi constatado também que seu público é majoritariamente feminino e jovem, e que é a preferida de 23% dos consumidores móveis das classes C, D e E e de 14% daqueles das classes A e B.

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Redação DMI

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