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Balanço

EBITDA da Oi encolhe 20,4% no 1º tri

Tele termina março com lucro líquido consolidado de R$ 766 milhões. Houve redução de gastos e elevação do Capex, conforme previsto no plano de recuperação judicial. Companhia explica redução do EBITDA em função da queda de receitas, especialmente no segmento residencial.
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A Oi divulgou na noite desta segunda-feira, 13, os resultados do primeiro trimestre do ano. No período, a companhia registrou queda na receita, no EBITDA de rotina, retração do lucro líquido e aumento da dívida líquida.

Segundo a companhia, os resultados tiveram impacto negativo de diversos fatores. “A intensidade do cenário competitivo no residencial, a menor quantidade de dias úteis no primeiro trimestre do ano e ainda a fraca atividade econômica, com impacto principalmente no pré-pago e no segmento corporativo, são os principais fatores que justificam a queda nas receitas”, afirma no relatório.

A receita total consolidada da companhia encolheu 9,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2018. Ao todo, a companhia registrou vendas de R$ 5,13 bilhões. A receita com serviços residenciais caiu 14,8%, para R$ 1,88 bilhão. Já a receita com mobilidade pessoal caiu 3,9%, para R$ 1,74 bilhão. No B2B, as receitas ficaram em R$ 1,42 bilhão, 8,4% a menos que um ano antes.

A queda nas receitas segue a perda de clientes. A Oi tinha ao final de março 56.623 unidades geradoras de receita (voz, banda larga, TV, empresas, orelhões), 4,4% menos na comparação ano a ano.

O EBITDA de rotina da empresa caiu 20,9%. O valor mostra o lucro antes de impostos, depreciações e amortizações, e foi de R$ 1,25 bilhão. O lucro atribuível aos acionistas foi R$ 568 milhões. “O resultado do Ebitda é explicado pela queda nas receitas, principalmente no segmento Residencial, acima da redução de custos”, explica a operadora.

A companhia investiu R$ 1,7 bilhão no período, 52,8% a mais que no mesmo trimestre do ano passado. O aumento do investimento já era esperado e acontece em linha com o plano de recuperação judicial da tele.

As despesas da companhia somaram R$ 3,88 bilhões, 5,3% inferiores a um ano atrás. O balanço do trimestre teve impacto negativo de R$ 377 milhões relativo à adequação da contabilidade ao novo padrão IRFS16. Sem esse feito, os custos operacionais teriam ficado em R$ 3,5 bilhões, ou 14,5% menor. O lucro líquido consolidado foi de R$ 766 milhões, sem as mudanças para o IRFS, teriam sido de R$ 679 milhões.

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