Desoneração da folha gerou 17,5% dos novos empregos em 5 anos, diz Feninfra

Por lei, prerrogativa que beneficia 17 setores tem validade até final de 2023. Entidade defende prorrogação.
Desoneração da folha gerou 17,5% dos novos empregos em 5 anos, diz Feninfra
Vivien Suruagy, Presidente da Feninfra, defende prorrogação da desoneração da folha – Crédito: Divulgação

A Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra) divulgou nota, nesta quarta-feira, 22, em favor da prorrogação da desoneração da folha de pagamento aplicada atualmente a 17 setores. Levantamento da entidade aponta que a prerrogativa foi responsável pelo aumento de 17,5% dos postos de trabalho e de 39,8% nos valores dos salários entre 2017 e 2022.

Ainda de acordo com a Feninfra, os setores onerados tiveram aumento de 12,9% nos empregos e de 11% na remuneração entre 2017 e 2022. Já os reonerados – com medidas de desoneração revertidas registraram ampliação de 7,5% e de 10,5% nos mesmos quesitos, durante o período. Ou seja, as taxas de contratação dos setores desonerados superaram as dos onerados e reonerados.

Para a presidente da federação, Vivien Suruagy, os números “mostram o tamanho do problema econômico que ocorre quando essa medida é revertida”.

“A desoneração está sendo fundamental para manter empresas, empregos e ampliar a remuneração dos trabalhadores. A suspensão da medida pode causar efeitos desastrosos na economia brasileira. Por isso, vamos conversar este ano com o Governo Federal e o Congresso para que ela seja prorrogada”, afirma Suruagy.

A desoneração da folha existe desde 2011 e beneficia 17 setores da economia brasileira com a redução dos encargos trabalhistas. A medida que acabaria em 2020 foi prorrogada em 2021 por meio da lei 14.288.

O texto da lei permite que as empresas recolham de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de 20% sobre o salário dos empregados e prevê compensação com aumento em 1% da alíquota da Cofins-Importação.

Ao defender uma nova prorrogação, a presidente da Feninfra pontua o cenário do setor de telecomunicações e os impactos nos serviços de conectividade.

“As empresas puderam planejar-se, o que foi ótimo para o ambiente de negócios. No caso específico das telecomunicações, estamos em processo de implantação da tecnologia 5G e a desoneração foi fundamental para as companhias do setor investirem nesta tecnologia e criarem empregos”, assinala a presidente da Feninfra.

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Da Redação

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