Dólar cotado a R$ 5 mantém trajetória de queda

Desde o início do ano, o dólar registrou queda de 9,36%. Nesta quarta-feira, 23, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,94%, a R$ 5,0.
Dólar cotado a R$ 5, mantém trajetória de queda - Crédito: Freepik
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Na manhã desta quarta-feira, 23, em meio ao agravamento do conflito geopolítico entre a Rússia e a Ucrânia, o dólar comercial continuou o movimento de queda frente ao real e ultrapassou a barreira dos R$ 5 pela primeira vez em quase oito meses.

Desde o início do ano, o dólar registrou queda de 9,36%. Nesta quarta-feira, 23, a moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$ 4,99, fechando em baixa de 0,94%, a R$ 5,0. É o menor valor desde 30 de junho de 2021, quando o dólar fechou cotado a R$ 4,97.

A desaceleração da moeda norte-americana é motivada, entre outros fatores, por juros atrativos. Com a taxa básica de juros, a Selic, fixada em 10,75% ao ano e a expectativa de chegar aos 12% ainda no primeiro semestre se mostra positiva para os investimentos.

Por outro lado, o conflito entre Rússia e Ucrânia, que já teve como consequências as sanções impostas pelos Estados Unidos e União Europeia à Rússia, eleva o preço das commodities, como petróleo e gás natural, o que tem se mostrado favorável ao real.  E a B3, a bolsa brasileira, cuja participação de empresas ligadas à commodities é significativa, é outro atrativo a investidores estrangeiros no Brasil.

Esses fatores, na visão de especialistas do mercado financeiro, promovem a tempestade perfeita para a desaceleração da moeda norte-americana. E não é só o dólar que registra movimento de queda. O euro tem desvalorização de 3,99%, em fevereiro, e 9,30% no acumulado de 2022.

A expectativa para o dólar no final de 2022 caiu de R$ 5,58 para R$ 5,50, segundo o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado na última segunda-feira, 21. Já para 2023, a previsão também caiu de R$ 5,45 para R$ 5,36.

A tendência é de que as próximas previsões apontem para uma maior desaceleração do câmbio.

 

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Redação DMI

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