Digitalização na América Latina independe de mudanças políticas, afirma dirigente da Cisco

Jordi Botifoll, presidente da Cisco para a América Latina, aponta que os países do continente criaram agenda digital para melhorar serviços e competitividade
Jordi Botifoll, vice-presidente sênior e presidente da Cisco para a América Latina / Foto: Divulgação

Cancún, México * – Mesmo com as mudanças de políticas na América Latina, como na Argentina e México, e decretação de estado de emergência no Equador e no Chile, a multinacional Cisco aposta na região e acredita que todo e qualquer governo, seja de direita, de centro ou de esquerda, deve liderar seus próprios processos de transformação digital para melhorar os serviços presados à sociedade e a competitividade de suas economias.

Opinião nesse sentido foi manifestada, em entrevista na manhã de hoje, 29, por Jordi Botifoll, vice-presidente sênior e presidente da Cisco para a América Latina, durante o primeiro dia do encontro anual da organização no continente, o Cisco Live 2019, que acontece nesta semana. A Cisco é considerada líder mundial em tecnologia para o funcionamento da internet desde 1984. Ele classificou como vital o desenvolvimento da digitalização e da conectividade para que os povos e as economias do continente alcancem maior competitividade.

“A Cisco acredita na América Latina”, afirmou, após citar as mudanças de governos na Argentina e no México e a decretação de estado de emergência no Chile e no Equador.  Destacou que, de forma geral, o continente está avançando em seu processo de digitalização.

“Vemos países de esquerda e direita que investiram pesadamente em tecnologia. Mais transparentes do que a cor dos partidos são as decisões tomadas pelos líderes políticos dos países”, afirmou o representante da empresa de tecnologia.

Agenda prioritária

Ao se referir ao encontro que reúne parceiros e clientes na América Latina, Botifoll comemorou que quase todos os governos têm sua agenda digital. Como exemplos, citou Brasil  que desenvolve programa de digitalização dos serviços públicos  , além de México e Costa Rica.

O executivo da Cisco apontou que, em cada país, os investimentos em transformação digital podem variar, mas devem ser prioritários, especialmente os processos que fornecem melhores serviços à população. Argumentou que vários países reconhecem que, para melhorar a competitividade nacional, é necessário digitalizar suas indústrias. Por isso, destacou os esforços dos governos para desenvolver a indústria de software; a segurança cibernética; e melhorar a eficácia das cidades inteligentes, de forma a torná-las mais competitivas.

Pilares

O responsável pela Cisco na América destacou que a digitalização e a competitividade são dois dos três pilares da estratégia da empresa. O terceiro é a inclusão social com modelos flexíveis e nova cultura de negócios.

Segundo o diretor para a AL, é necessário fornecer ferramentas para os jovens desenvolverem startups. Mencionou  que essa é uma das razões pelas quais a Cisco Network Academy foi criada e já formou 2,5 milhões de estudantes, 95% encontraram nessa experiência o primeiro emprego ou melhoraram o que tinham.

(*) Jornalista viajou a convite da Cisco

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Abnor Gondim

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