“Desafios são enormes pela frente, mas estamos focados”, diz CEO da Oi

Operadora deve apresentar apenas no quarto trimestre o plano final de recuperação, que então será votado por credores. As negociações seguem em curso.

Rodrigo Abreu, CEO da Oi (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira, 11, o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, listou os desafios que a Oi ainda tem pela frente para sair da recuperação judicial e voltar a ser uma empresa sustentável de telecomunicações. Reconheceu que a situação é complexa, mas diz que a equipe está focada nas soluções.

“Não minimizamos os enormes desafios que ainda temos pela frente, mas estamos trabalhando e com foco para resolvê-los”, falou na conferência de resultados dos segundo trimestre, período no qual a companhia teve prejuízo de R$ 845 milhões.

Ele descartou qualquer possibilidade de intervenção da Anatel na operadora. “A Anatel tem o dever de ofício de fazer o acompanhamento, isso não significa que irá intervir”, resumiu.

Os desafios elencados para o futuro da Oi, apresentados por Abreu, são divididos em três frentes:

Redução da dívida

  • Negociações do Acordo de Apoio à Reestruturação (RSA) com o grupo de credores  – esta iniciativa ainda está em curso. Sofreu atrasos devido a discussões sobre garantias para aporte de dinheiro novo da empresa e “outros termos detalhados”;
  • Negociações em curso com credores não financeiros;
  • Negociações da arbitragem sobre a venda da Oi Móvel;
  • Apresentação final do plano de recuperação judicial, o que deve acontecer no quarto trimestre.

Solução para o Legado

  • Conselho Diretor da Anatel formalizou procedimento junto ao TCU para possível acordo de consenso, visando dirimir as disputas de arbitragem e a discussão sobre migração de concessões;
  • Análise formal de caso em andamento no grupo de Consenso do TCU;
  • Reinvindicações da Oi no Processo de Arbitragem passam dos R$ 50 bilhões e a Oi solicitou um acordo integral das obrigações com a Anatel.

Melhorias operacionais

  • Crescimento contínuo das Casas Conectadas com Fibra e receita de TIC para clientes B2B, embora prejudicado pelo declínio mais acelerado do legado. Segundo Abreu, o mercado de fibra está mais competitivo, o que torna esta meta mais complexa;
  • Implementação contínua de iniciativas de redução de custos devido a medidas de eficiência;
  • Redução da intensidade de capex por meio de melhor alocação e menor custo unitário de ONTs.
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Rafael Bucco

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