Dell prevê mudanças no conceito de edge computing a partir deste ano

CTO da Dell diz que haverá cisão entre estrutura e software na nuvem localizada na borda das redes e que o 5G finalmente começará a entregar casos de uso corporativos
Dell prevê mudanças no conceito de edge computing a partir deste ano
Crédito: Pixabay

Em transmissão online realizada nesta quarta-feira, 27, a Dell Technologies apresentou sua visão sobre as tendências que moldarão o futuro da tecnologia de 2022 em diante.

Segundo John Roese, Chief Technology Officer global da Dell Technologies, após dois anos em meio à pandemia, o mercado vem lentamente se reconstruindo e preparando a transição para uma recuperação econômica orientada pela tecnologia.

Luis Gonçalves, líder da Dell Technologies na América Latina, se disse otimista com a região. “À medida que buscamos alcançar uma recuperação econômica e social mais equitativa para viver esse mundo híbrido, é imperativo que continuemos nesse caminho de acesso à conectividade, e percebamos seu enorme potencial, superando desafios importantes como cibersegurança, marcos regulatórios regionais, a necessidade de aumentar a cobertura do acesso aos serviços de internet e o desenvolvimento de habilidades digitais que permitam a apropriação e uso de infraestrutura e soluções digitais para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, afirmou.

As tendências que serão destaque em 2022

Roese apresentou algumas previsões de curto e longo prazo da Dell para 2022. As sete principais foram:

Edge Computing com novas áreas de foco:

A Edge Computing passará a ter duas áreas de foco: as plataformas e as cargas de trabalho definidas por software. Ele ressaltou que o investimento na borda será mais eficiente, uma vez que não há espaço para todas as nuvens disporem de servidores próprios na borda. Então o mais provável é que haverá a desagregação entre o que cada plataforma oferece e os sistemas. Um único servidor, portanto, poderá ser usado para a hospedagem dos serviços de várias nuvens.

Mobilidade Privada

A Dell aposta ainda na abertura do ecossistema 5G, com mais indústrias aderindo à nuvem e TI. Hoje, o 5G não é significativamente diferente ou melhor que o WiFi na maioria dos casos de uso corporativo, diz a empresa, mas isso mudará em 2022 à medida que versões mais “modernas e poderosas do 5G” se tornem disponíveis.

Gerenciamento de dados

O Edge Computing se tornará o novo ‘campo de batalha’ para o gerenciamento de dados, à medida que o gerenciamento de dados se torna uma nova categoria de carga de trabalho. Atualmente, o processo de dados, sua análise e gestão é feita em dados centralizados e em tempo real, mas Edge está ganhando mais relevância neste sentido.

Segurança

O setor de segurança está trabalhando não apenas na detecção automatizada, mas também na prevenção e resposta ao ataque. Aplicando Inteligência Artificial e Machine Learning para aumentar a velocidade de reação e remediação. “Essas quatro áreas (Edge Computing, Mobilidade Privada, Gerenciamento de Dados e Segurança) levantam a necessidade da integração de sistemas baseados em nuvem públicas e privadas. Nosso sistema de TI é distribuído em um mundo multicloud, então todos esses novos desafios precisam ser resolvidos independentemente de onde os sistemas estão sendo implantados”, explicou o executivo.

Para além de 2022

Outras previsões mostram tendências que terão suas conversas intensificadas para 2022, com aplicações nos anos seguintes:

Computação Quântica

Em 2022, a Dell Technologies projeta que a indústria perceba que a inevitável topologia de um sistema quântico será um computador quântico híbrido.

Desta forma, o hardware quântico ou unidades de processamento quântico (PUUs) são sistemas de computação especializados que se parecem com aceleradores e se concentram em matemática e funções específicas centradas no quantum. O QPU será cercado por sistemas convencionais de computador para pré-processar os dados, executar o processo geral e interpretar a saída do QPU.

Os primeiros sistemas quânticos do mundo real estão seguindo esse modelo quântico híbrido e “a colaboração da computação clássica e quântica se espalhará”, destaca o especialista. Além disso, a simulação quântica usando a computação convencional será a maneira mais econômica e acessível de disponibilizar sistemas quânticos para nossas universidades, cientistas de dados e pesquisadores.

Automotivo:

O ecossistema automotivo mudará rapidamente o foco de um ecossistema mecânico para uma indústria de dados e computação. “Estamos vendo uma mudança de motores de combustão interna para veículos elétricos que resulta em uma simplificação radical da cadeia de suprimentos físicos. Além disso, observamos uma expansão significativa do conteúdo de software e computador dentro de nossos carros através da ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) e esforços de veículos autônomos. Finalmente, é fato que a indústria automotiva está se tornando uma indústria baseada em dados para tudo, desde entretenimento e segurança até grandes interrupções, como Car-as-a-Service e entrega automatizada”, afirmou Roese.

Isso nos diz que as indústrias automotiva e de transporte estão iniciando uma transição rápida para serem impulsionadas por software, computação e dados. Já vimos isso em outros setores, como telecomunicações e varejo, e em todos os casos o resultado é o aumento do consumo de tecnologia de TI.

Gêmeos digitais

Embora estejam ganhando terreno, gêmeos digitais ainda são uma tecnologia inicial, com poucos exemplos reais na produção. Nos próximos anos, eles se tornarão mais fáceis de criar e usar à medida que definimos estruturas, soluções e plataformas padronizadas. Eles permitirão que as empresas forneçam análises aprimoradas e modelos preditivos para acelerar a transformação digital 3.0. Eles serão o centro do negócio para simular mudanças e impactos principalmente no setor industrial. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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