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Delegado pode pedir nova suspensão do WhatsApp

O delegado Fabiano Barbeiro disse ontem, 2, na CPI dos crimes cibernéticos, que a empresa ainda não forneceu as informações sobre os investigados. Para a polícia a empresa não fornece os dados apenas por motivos comerciais.

Em audiência nesta terça-feira (1) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga crimes cibernéticos, o delegado Fabiano Barbeiro, do Departamento Especializado em Investigação Criminal, que solicitou a suspensão dos serviços do aplicativo WhatsApp no Brasil, no ano passado, disse que pode voltar a fazer o pedido junto ao Judiciário.

Segundo Barbeiro, a empresa ainda não forneceu as informações sobre investigados que podem ter relações com a  facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Outra medida possível é a responsabilização criminal de representantes da empresa no País. O assunto foi discutido durante audiência pública realizada pela CPI, por coincidência, no mesmo dia em que a Polícia Federal, cumprindo determinação da justiça de Sergipe, prendeu, pelo mesmo motivo, o vice-presidente do Facebook, que é a empresa dona do WhatsApp.

Quebra de sigilo

Em julho do ano passado, a Polícia Civil pediu a quebra de sigilo de dados trocados via aplicativo, mas o WhatsApp não forneceu. Pouco tempo depois, a empresa foi novamente notificada e foi fixada multa, ainda assim sem resposta. O descumprimento levou o Ministério Público a requerer o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas..

O representante do aplicativo WhatsApp no Brasil justificou, em outra  audiência realizada pela CPI, não ser possível obter as mensagens já  que, para manter a segurança dos usuários, elas são criptografadas. A  empresa também disse que não armazena as conversas em seu sistema.

O delegado argumentou, no entanto, que, quando um usuário não abre  uma mensagem no momento em que ela chega, o texto fica armazenado no  sistema até que o usuário abra o aplicativo novamente, o que indicaria  que a empresa possui dispositivos de armazenagem. Na opinião do delegado Fabiano Barbeiro, a empresa está sendo resistente devido a interesses comerciais.( Agência Câmara)

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