Baigorri quer regular remédios para venda da Oi móvel

De acordo com o conselheiro, regular os players por meio de remédios impede que a agência modifique as regras no futuro e exclui outros interessados na questão
Baigorri. Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

O conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri,  afirmou que enxerga os remédios, como aqueles usados para mediar a venda Oi Móvel para as três grandes operadoras, como provisórios. Uma versão mais aprofundada e completa desses remédios tem que ser incluída na própria regulação da agência, em vez de em forma de anuência prévia.

“Ao longo dos anos, a gente percebeu na agência que fazer regulamentação por meio de anuências prévias não é a forma mais ortodoxa e eficiente de se aplicar os remédios”, comentou no evento Teletime TEC hoje, 23.

Baigorri argumentou que, utilizando-se as anuências a Anatel, não se consegue modificá-las uma vez finalizado o processo de venda ou fusão. A possibilidade de alterar as regras se torna ainda mais relevante em um setor dinâmico como o de telecomunicações, acredita. Além disso, os processos não levam em consideração os outros players interessados no mercado. No caso da Oi Móvel, citado pelo conselheiro, os remédios visaram o compartilhamento da infraestrutura de rede de forma não discriminatória.

Outra expectativa de rede neutra da Anatel é a faixa de 700 MHz adquirida pela Winity no leilão 5G. Baigorri prevê que a entrante alugue a rede para players interessados. Conforme o conselheiro, a rede deverá focar, principalmente, nos pequenos provedores para aumentar sua mobilidade, já que outras faixas do leilão não oferecem abrangência de cobertura tão ampla.

 

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Ramana Rech

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