CPqD quebra próprio recorde e atinge 400 Gbps sem repetição

Foram utilizados 24 canais ópticos a uma distância de 444 quilômetros. Os parceiros tecnológicos do experimento foram Corning (fibra) e IPG Photonics (laser).

shutterstock_ Toria_telefonia_fixa_fibra_otica_geral_abastrataO CPqD quebrou, mais uma vez, seu próprio recorde em transmissão óptica coerente sem repetição – tecnologia que dispensa o uso de elementos ativos na rede para amplificação de sinais. Reconhecido internacionalmente, o novo recorde é resultado da transmissão coerente utilizando 24 canais ópticos, na taxa de 400 Gb/s (por canal), a uma distância de 444 quilômetros sem repetição.

Trata-se de um avanço significativo em relação aos marcos anteriores obtidos pela equipe do CPqD – em julho e em dezembro do ano passado. “No último recorde, utilizamos 16 canais ópticos de 400 Gb/s na transmissão e a distância do enlace óptico chegou a 403 quilômetros sem repetição”, afirma Eduardo Rosa, gerente de Tecnologias Ópticas do CPqD. Ele ressalta que o aumento da distância da transmissão sem o uso de equipamentos para amplificação de sinais é um fator importante na evolução dessa tecnologia, pois viabiliza a implantação de redes ópticas de comunicação em locais de difícil acesso – como a Região Amazônica, por exemplo.

Andrea Chiuchiarelli, um dos pesquisadores da equipe responsável pelo trabalho que resultou no novo marco, explica que a conquista é fruto da combinação da tecnologia desenvolvida no CPqD – especificamente, o algoritmo de otimização do mapa de amplificação e os amplificadores ópticos com bombeio remoto (ROPAs) – com as soluções fornecidas por dois parceiros estratégicos nesse projeto. “Um deles é a IPG Photonics, empresa que fabrica e vende lasers de alta potência para aplicações industriais e de telecom”, diz Chiuchiarelli. “A IPG disponibilizou dois lasers Raman de alta potência (3,5W), que permitiram incrementar consideravelmente a eficiência de bombeio dos amplificadores remotos.”

Outra parceria estratégica firmada pelo CPqD foi com a Corning, que forneceu as fibras ópticas utilizadas na transmissão. “São fibras de área larga, que possuem um coeficiente de atenuação menor e reduzem as interações não lineares entre os canais, permitindo estender o alcance do enlace óptico sem repetição”, acrescenta Chiuchiarelli.

O artigo que relata esse trabalho realizado pela equipe da Gerência de Tecnologias Ópticas do CPqD será apresentado na ECOC 2017 – European Conference on Optical Communication, que acontecerá entre os dias 17 e 21 de setembro, em Gotemburgo, na Suécia. (Assessoria de Imprensa)

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Da Redação

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