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Controlador da Oi avisa que AGO marcada não trata de proposta a credores

O controlador brasileiro da Oi, Nelson Tanure, assinala que a assembleia para tomada de decisão sobre a oferta aos credores só ocorrerá no segundo semestre.

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Nelson Tanure disse hoje ao Tele.Síntese que a assembleia geral ordinária (AGO) da Oi, marcada para o próximo dia 28 de abril, tem uma pauta absolutamente transparente, quando serão analisadas as contas da companhia no ano passado. “Nem sequer a eleição de novos membros da administração será analisada nessa reunião”, assinalou ele, em uma tentativa de minimizar os rumores que circularam durante todo o dia  sobre possível intervenção da Oi pelo governo.

“A AGC – ou assembleia de credores- só deverá acontecer lá por setembro, pois ainda precisam ser cumpridos vários trâmites legais”, completou o executivo. A primeira iniciativa será ainda a divulgação de uma nova lista de credores.

Ontem à noite, a Oi divulgou comunicado reproduzindo novamente a sua oferta, e detalhando, em ata, a pedido de Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a decisão do conselho de administração, que não aprovou a proposta formulada pela diretoria – e que ampliava a participação dos bondholders nas papeis da companhia em relação à participação final aprovada pelos controladores.

Na oferta dos executivos da empresa, a participação dos bondholders poderia aumentar até 60%. Mas a que acabou sendo aprovada pelos que têm maioria no conselho ( grupo Português Pharol e Société Mondiale,de Tanure) leva à 38% no total, mesmo assim condicionado ao não resgate dos bonds no meio do caminho. Os detentores desses títulos rechaçaram mais uma vez a oferta.

Conforme a Oi, “os conselheiros Jose Mauro Mettrau Carneiro da Cunha, Marcos Duarte Santos, Ricardo Reisen de Pinho e Thomas Reichenheim divergiram com relação ao percentual de capital a ser oferecido aos detentores de Bonds, que consideraram poder ser maior.”

Fontes do mercado assinalam, contudo, que a oferta apresentada vai conseguir obter a maioria dos votos dos credores, até porque os principais bancos privados já teriam fechado o acordo e, para se conseguir o apoio dos bondholders, basta que 15% deles concordem com a oferta. A conferir.

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