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Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA vem ao Brasil tratar de 5G

Jake Sullivan (Segurança Nacional) e William Burns (CIA) chegam nesta semana para se encontrar com Bolsonaro. Também haverá reunião com o ministro Fábio Faria.
Encontros com o presidente e o ministro das Comunicações acontecem nesta semana

O governo Biden vai mandar ao Brasil nesta semana Jake Sullivan conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Ele vai se encontrar em Brasília com Jair Bolsonaro, e com o ministro da Defesa, general Braga Netto. A agenda inclui também conversa com o ministro Fabio Faria, das Comunicações.

Junto com Sullivan virão Tarun Chhabra e Amit Mital, diretores sêniores de tecnologia e cibernética no Conselho de Segurança Nacional de Joe Biden. A pauta dos encontros fala em “discutir oportunidades para fortalecer a parceria estratégica Brasil-EUA, melhorar a estabilidade regional, avançar os objetivos climáticos, colaborar com a infraestrutura digital e ajudar a traçar um caminho de recuperação da pandemia da Covid-19.”.

A prioridade, segundo os jornais O Globo e Folha de S.Paulo, é obter o veto do governo brasileiro à participação da chinesa Huawei nas redes 5G, o que motiva o encontro com o ministro Fábio Faria.

O governos dos EUA pressiona o do Brasil desde 2019, pelo menos, quanto à retirada de elementos chineses das redes de telecomunicações. O presidente Bolsonaro e seus filhos vocalizavam intenções de restringir a presença da Huawei no mercado de equipamentos 5G, mas parou de falar disso este ano, em meio à intensificação de negociações por vacinas contra a Covid-19 feitas na China.

Em diferentes oportunidades, o ministro das Comunicações chegou a afirmar que a questão geopolítica foi resolvida com a decisão do Brasil de fazer um leilão de espectro 5G que prevê a construção de uma rede privativa do governo. Dessa forma, a Huawei seria autorizada a competir no mercado de infraestrutura para as operadoras privadas, mas não atenderia os requisitos para participar da rede privativa.

Os EUA, por sua vez, insistem que a solução ideal é o Brasil reduzir as compras da China. Chegou a propor redução da dependência brasileira das cadeias produtivas do país asiático, o que iria além do 5G. Não custa lembrar que a China é hoje o maior parceiro comprador de produtos do Brasil, à frente de Europa, Estados Unidos e Argentina.

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