Confiança empresarial vai a maior índice em maio

O resultado geral de 97,4 pontos sugere que a economia vem crescendo em ritmo moderado no segundo trimestre, diz FGV/ IBRE.
Confiança empresarial registra maior índice em 7 meses - Crédito: Freepik
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A confiança empresarial avança 2,9 pontos em maio, para 97,4 pontos, registrando maior nível desde outubro do ano passado (100,4), conforme aponta o Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE, divulgado nesta quarta-feira, 1. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 2,1 pontos no mês, reforçando a tendência de alta iniciada em abril.

A confiança empresarial sobe pelo terceiro mês seguido consolidando a recuperação iniciada em março. “Os índices se aproximam do nível neutro de 100 pontos na indústria e nos serviços, sugerindo a normalização da atividade”, afirmou Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.

Segundo ele, trata-se de um movimento que na indústria vem sendo impulsionado pelas avaliações favoráveis em relação a demanda externa e pelo maior equilíbrio dos estoques, enquanto nos serviços, os números da confiança mostram que, até segundo ordem, o setor teria deixado a pandemia para trás. “O resultado geral sugere que a economia vem crescendo em ritmo moderado no segundo trimestre”, observa Campelo.

A alta da confiança empresarial foi, pela segunda vez consecutiva, determinada por uma melhora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas em relação aos meses seguintes.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 2,4 pontos, para 98,1 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (99,5 pontos).

Já o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 3,7 pontos, para 98,1 pontos. Esta é a primeira vez desde fevereiro de 2014 que ambos os indicadores estão no mesmo nível.

O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

Entre os setores que integram o ICE, apenas a confiança da Construção registrou queda no mês, com piora das percepções nos dois horizontes de tempo.

A alta da confiança do Comércio e do setor de Serviços foi impulsionada pela liberação de recursos adicionais no trimestre para estímulo da demanda.

A segunda alta consecutiva da confiança industrial aproxima o ICI do nível neutro de 100 pontos, refletindo avaliações bastante favoráveis sobre a demanda externa e a melhora das perspectivas da categoria de bens não duráveis de consumo.

A confiança empresarial subiu em 61% dos 49 segmentos integrantes do ICE em maio, uma queda da difusão frente aos 80% do mês passado. Apenas o setor da Construção apresentou um resultado relativamente fraco.

(Com assessoria)

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Redação DMI

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