Confiança do consumidor cai 3,1 pontos em maio, diz FGV

Segundo a FGV, o que mais influenciou a queda em maio foi o índice que mede a situação financeira familiar nos próximos meses.
Confiança do consumidor cai 3,1 pontos em maio, diz FGV - Crédito: Freepik
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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,1 pontos de abril para maio deste ano. A queda veio depois da alta de 3,8 pontos de março para abril.

Com isso, o indicador chegou a 75,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Os dados da FGV foram divulgados nesta quarta-feira, 25.

Segundo a FGV, a queda do ICC foi influenciada pela piora das expectativas dos consumidores brasileiros para os próximos meses. O Índice de Expectativas recuou 5,1 pontos e chegou a 81 pontos, principalmente devido às avaliações sobre a situação financeira da família nos próximos meses.

“Os últimos resultados da confiança do consumidor mostram que apesar da melhora da pandemia e do pacote de incentivos para alívio da pressão financeira das famílias, a inflação e a dificuldade de obter emprego continuam impactando negativamente as famílias, principalmente as de menor renda. Além disso, há uma preocupação com a perspectivas futuras que serão afetadas por um ano eleitoral que promete ser bastante acirrado. O cenário para os próximos meses não sinaliza uma tendência clara de recuperação, principalmente diante dos desafios expostos.”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

Já o Índice da Situação Atual, que avalia a confiança no presente, se manteve estável em 69,1 pontos.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mais influenciou a queda neste mês foi o que mede a situação financeira familiar nos próximos meses. Após três meses de alta, o indicador recuou 9,6 pontos, para 81,3 pontos, pior resultado desde novembro de 2021 (80,0 pontos). As perspectivas sobre a situação econômica também se tornaram mais pessimistas, com queda de 4,9 pontos no indicador para 96,7 pontos, menor desde março de 2021 (92,1 pontos).

Houve queda da confiança em todas as faixas de renda exceto para as famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. A queda mais intensa da confiança ocorre para os consumidores com nível de renda mais baixo (R$ 2.100,00 mensais), cujo ICC recuou 9,4 pontos, para 66,8, menor valor desde dezembro de 2021.

(com assessoria)

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Redação DMI

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