Computadores serão primeiras compras como serviço no governo

Diretora da Central de Compras do Ministério da Economia, Lara Brainer, conta que editais de compras como serviço saem já em 2023

Lara Brainer

O governo federal quer reproduzir o modelo de contratação ‘como serviço’, disseminado de forma generalizada na economia dos aplicativos. Com o espaço aberto pela nova Lei de Licitações (Lei 14.133/21), estão sendo elaboradas regras para ampliar o sistema ‘as a service’, hoje experimentado na contratação de serviços de nuvem. A ideia é aplicar nas compras de software e até mesmo para produtos.

“A gente vem em uma situação hoje em que se consome tudo como serviço. Inclusive o software. E é algo que já vem esculpido na nova Lei de Licitações”, destacou o secretário de Gestão do Ministério da Economia, Renato Fenili, ao participar nesta terça, 29/11, do dia de debates sobre Governo no 5×5 Tec Summit.

“Temos que edificar 70 normas infralegais e é difícil apontar 10% dessas normas que não impliquem em algum sistema de TIC correlato. Todos os modos de disputa são eletrônicos. O catálogo de padronização é eletrônico. O credenciamento vai ser eletrônico. Toda a fase interna, do estudo técnico preliminar, termo de referência, são digitais. A gestão de risco é eletrônica. A pesquisa de preços também”, falou.

Hardware como serviço

Enquanto costura novas regras para a contratação de software como serviço, o governo federal também avança no uso desse modelo para compras de equipamentos de TICs. E os primeiros dessa fila são computadores de mesa e laptops. Como revelou a diretora da Central de Compras do Ministério da Economia, Lara Brainer, durante o 5×5 Tec Summit, a ideia é alargar o modelo ‘as a service’ na administração federal.

“A gente vem conversando com o mercado e vendo como avançar. E não vamos avançar só em software. Estamos prevendo a possibilidade de mobiliário, de desktops, de notebooks, de celulares, de aparelhos de tecnologia da informação como serviço. Esta no roadmap do próximo ano lançar essas licitações para que a gente acabe com a cultura do ter e passe à cultura do usar. Isso muda a forma de o próprio mercado se comportar. Não adianta lançar um edital de licitação e quebrar um paradigma sem que o mercado esteja pronto”, disse.

O governo federal começou a se aproximar desse regime nas contratações de serviços de computação em nuvem. Uma experiência semelhante está em curso para compra de software. Faltam, como destaca Lara Brainer, estender a mesma lógica de compras como serviço para produtos. E a diretora da Central de Compras, adiantou no 5×5: vai assinar ainda este mês, uma contratação de software com pagamento mensal, o que Lara Brainer considera, um ‘pezinho em como se vai trabalhar no próximo ano’.

“A gente prevê a contratação de desktop e notebook como serviço, ou seja, os equipamentos passam a ser utilizados como serviço e não mais como aquisições, quebrando o paradigma. Vamos deixar de pegar dinheiro de investimento, de capital, e colocar como custeio”, revelou a diretora da Central de Compras.

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Da Redação

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