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Justiça

Claro, TIM e Vivo arrematam a Oi Móvel, mas precisam da aprovação de Anatel e Cade

Consórcio formado pelas operadoras só poderá desembolsar os recursos de R$ 16,5 bilhões daqui a um ano, após anuência da agência reguladora e do órgão do Ministério da Justiça que avalia atos capazes de representar concentração de mercado


O juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, homologou hoje, 14, em audiência online, a compra da Oi Móvel pelo trio de concorrentes formado Claro, Tim e Vivo, no valor de  R$ 16,5 bilhões. A oferta saiu vitoriosa pela falta de outras propostas para disputar o leilão, como o Tele.Síntese já havia antecipado na sexta-feira, 11. 

Os recursos somente serão liberados dentro de um ano, após a anuência da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão do Ministério da Justiça que controla atos capazes de ameaça a concorrência no mercado.

Justiça Federal

Coube ao promotor Leonardo Marques, representante do Ministério Público, a inciativa de fazer constar em ata que a operação de compra do principal ativo  do Grupo ficará condicionada ao crivo dessa instituições. Com isso, apenas reforçou o que já está previsto no plano de aditamento da empresa, aprovado no dia 8 de setembro deste na assembleia geral dos credores.

Marques também enfatizou que as questões relativas às decisões da Anatel e do Cade deverão passar a ser tratadas na esfera da Justiça Federal.

Ao iniciar a sessão, o juiz registrou que as empresas integrantes apresentaram uma proposta de ratificação da proposta vinculante que já haviam apresentado em agosto, ao final da rodada de negociações preliminares sobre a venda. A iniciativa foi feita, sem que tivessem essa obrigação, conforme observou.

Representante do Administrador Judicial do processo que tramita na 7ª Vara envolvendo o Grupo Oi, a advogada Samantha Longo considerou que a conclusão da venda da Oi Móvel marcou mais uma etapa da recuperação judicial das empresas iniciado no dia 20 de junho de 2016, com uma dívida de R$ 65 bilhões.

“Dia importante para as recuperandas e seus credores com a homologação da proposta de aquisição de mais uma UPI, nos termos do aditamento ao Plano de recuperação das empresas”, afirmou.

Estima-se que a dívida tenha caído a menos da metade e com a previsão de pagamento dos credores com parte da venda dos ativos e parte para o dia a dia da empresa e para investimentos.

A Highline do Brasil chegou a apresentar proposta para a compra da Oi Móvel, cujo valor não foi revelado, em meados do ano. No entanto, como o valor foi superado pelo trio, a empresa desistiu de participar do leilão.

 

 

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