Claro terá 103 usinas de energia em 2023

As usinas de energia da Claro estão espalhadas em todo o Brasil e alimentam quase todas as antenas de oito estados. Programa é escalável e vai atender o aumento do consumo provocado pela chegada do 5G, contou Hamilton Silva, responsável pelo projeto, no INOVAtic Nordeste 2022.

Hamilton Silva, diretor de infraestrutura da Claro

Hamilton Silva, Diretor de Infraestrutura da Claro, contou hoje, 23, no INOVAtic Nordeste que a empresa está concluindo a construção de mais 30 usinas de geração distribuída de energia, e em 2023 terá nada menos do que 103 plantas em funcionamento e produzindo energia sustentável no país.

“Quando começamos o projeto em 2016 ainda não se falava em ESG. A iniciativa era motivada pelo Pacto Global da ONU, do qual somos signatários, e pela oportunidade em economias para a empresa. Hoje, somos um player relevante em geração e respeitado dentro da Aneel [Agência Nacional de Energia]”, afirmou o executivo em apresentação realizada no evento organizado pela Momento Editorial.

Cada uma das usinas é montada com algum parceiro. Ele apresentou exemplos de unidades solares, eólicas, de biogás e até hidroeletricidade. Entre as empresas fornecedoras estão Engie, RZK e Greenyellow.

Hoje, a Claro tem 50 usinas solares, 15 eólicas, 6 micro ou mini-hidelétricas e 2 usinas de biogás. Ao ano, afirmou o executivo, a empresa deixa de emitir 254 mil toneladas de dióxido de carbono com a iniciativa. Até 2024 o número vai dobrar, promete, chegando a 540 mil toneladas ao ano de carbono não emitido.

Outras iniciativas

Mas não é apenas na geração e consumo que a Claro aposta em reduzir a emissão de CO2. A empresa também comprou carros elétricos e possui técnicos equipados com bicicletas.

No caso das bikes, silva explicou que a iniciativa distribuiu 72 a técnicos. Elas são elétricas, mas também são usadas apenas para o deslocamento de curtas distâncias, das centrais ao atendimento de residências próximas. O resultado foi dispensa de 55 carros da frota em 13 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Bahia, inclusive suas capitais.

Quanto aos carros elétricos, Silva contou que ainda os veículos são muito caros e que a energia que seria usada no abastecimento ainda corre o risco de ser proveniente de fonte suja, como usina termoelétrica. “Então estamos nos preparando antes com fontes de energia limpa para garantir que os carros, quando vierem para os técnicos, usem essa energia limpa”, falou.

Outra sacada da Claro foi busca maneiras de reduzir o consumo de diesel dos caminhões e caminhonetes que transporta equipamentos entre os centros de distribuição. A companhia identificou que é possível reduzir o consumo instalando oficinas para manutenção dos veículos em cada um dos galpões. Isso reduziu em 420 mil litros o consumo anual do combustível fóssil pela empresa.

Antenas e 5G

Por fim, Hamilton Silva comentou o reflexo das iniciativas na infraestrutura de rede. Contou que a Claro contratou tecnologias da Huawei e da Ericsson para tornar as antenas mais inteligentes. Cada estação móvel conta com a capacidade compreender quantos usuários estão conectados a ela, ampliando ou reduzindo a potência – e o consumo – conforme a necessidade.

“Com isso trouxemos economia e eficiência sem comprometer em nada a experiência do usuário”, relatou. Segundo ele, a Claro já economiza por ano com a solução o equivalente à produção de três usinas solares.

A Huawei implantou o sistema em 6.597 sites, resultando em economia de custos de R$ 5,7 milhões ao ano. Já a Ericsson ativou o sistema em 8.643 sites, o que gera economia de R$ 6,7 milhões ao ano.

Ele ressaltou que, além da economia, o consumo de boa parte dessa antenas já é proveniente de geração distribuída. Em 8 estados a maior parte da energia consumida vem de fontes renováveis (Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Brasília, Bahia, Goiás, Sergipe).

Por fim, Silva lembrou que o 5G vai exigir a instalação de muito mais antenas e, portanto, vai consumir de “15% a 50% mais energia”. Segundo ele, a Claro está preparada para o aumento dessa demanda. “O nosso programa de energia é escalável. Teremos as 103 usinas em 2023, mas podemos ampliar para 120, 140, 150 se necessário”, concluiu.

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Rafael Bucco

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