Claro tem prejuízo de R$ 231,6 milhões

Companhia obteve mais receita, mas enfrenta gastos menores dos clientes na telefonia móvel e aumento de custos com manutenção, energia, contratos em dólar e inadimplência.

grafico-negativo-dinheiro-setaA Claro Participações divulgou o balanço financeiro para o segundo trimestre do ano. Os números mostram a receita do grupo de empresas formado por Claro, NET e Embratel. Elas venderam o equivalente a R$ 8,49 bilhões, 0,8% mais que um ano antes. Apesar dessa evolução, houve prejuízo de R$ 231,6 milhões, revertendo o lucro visto no segundo trimestre de 2015 . Nos primeiros seis meses deste ano, a companhia registra saldo negativo de R$ 532,5 milhões, 74,4% menor que doze meses atrás.

A companhia diz que ainda sofre os efeitos negativos da redução das taxas de interconexão (VU-M). Acrescenta que não foi capaz de ampliar a receita com dados móveis devido a ofertas promocionais. O EBITDA caiu 1,6%, para R$ 2,49 bilhões em função do aumento de custos de manutenção, em que parte dos contratos estavam em dólar, do aumento da inadimplência por conta da recessão econômica, e dos custos com energia, que subiram 45%.

Somando-se os resultados das demais empresas que a América Móvil tem no país, o resultado melhora. A receita do Brasil fica praticamente estável, com -0,1% de retração, atingindo R$ 9,08 bilhões.

Operações
Conforme o balanço internacional da América Móvil, Claro, NET e Embratel perderam receita na telefonia móvel, mas cresceram em serviços fixos. O faturado com serviços móveis foi de R$ 2,94 bilhões, 10% a menos que um ano antes. Já as vendas de serviços fixos somaram R$ 6,13 bilhões, 5,4% a mais que o segundo trimestre de 2015. 

No mercado móvel, a companhia obteve crescimento de 6,2% na base de assinantes pós-pagos, que agora somam 16,95 milhões de clientes. No pré-pago, a queda foi de 14,4%, para 47,3 milhões de usuários. Mesmo com as adições mais qualificadas do pós-pago, a companhia ainda não conseguiu ampliar a receita média por usuário (ARPU), que caiu 1,9%, para R$ 13. O churn cresceu de 3,4% para 3,6% no período.

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Rafael Bucco

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