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Regulação

Claro defende implantação da 5G em todos os Brasis

Para o vice-presidente de Relações Institucionais da Claro, a 5G autônoma que vem no Release 16, que está sendo exigida pela Anatel, será mais cara e não poderá ser massificada para as diferentes regiões do país.
Fábio Andrade, VP relações Institucionais da Claro.

O vice-presidente de Relações Institucionais da Claro, Fábio Andrade, disse hoje, 10, durante a audiência pública do CT5 da Câmara dos Deputados, que a empresa tem cinco preocupações em relação à proposta do leilão de frequência da Anatel votada esse mês. Entre essas preocupações está a determinação expressa no voto do conselheiro Carlos Baigorri, de que as operadoras terão que iniciar o serviço com a tecnologia 5G SA. ou autônoma, a partir de uma rede totalmente nova.

Para o executivo, essa proposta, de adoção imediata do Release 16 irá restringir a implementação dessa tecnologia apenas a poucas grandes cidades, uma decisão que iria na contramão da intenção de todos, que é a universalização da 5G. ” A maior necessidade do Brasil é escala, e que o melhor do 5G chegue para todos os Brasis, no Norte e Nordeste, e não apenas em São Paulo”, afirmou.

Segundo Andrade, assim que a frequência de 5G ficar disponível – a de 3,5 GHz – os serviços para o usuário final já serão mais avançados ao que as operadoras oferecem hoje, que é a 5G DSS, ou seja, que usa ainda o espectro da tecnologia 4G.

A Claro preocupa-se também com os prazos para a aprovação do leilão, pois, no entender da empresa, estão muito açodados. E questiona a limpeza da banda C através da migração dos canais de TV que a ocupam para nova banda satelital Ku. Também entende que deveriam ser leiloadas 100 MHz de frequências na banda de 3,5 GHz, e não os 80 MHz, conforme proposta da agência.

Em relação à rede privativa do governo, disse o executivo, a Claro advoga que os recursos das participantes do leilão devam ser arrecadados pelo governo, e que  o Poder Público faça a licitação para contratar a empresa que vai construir essa rede. ” Não pode ser nós, as operadoras, a construirmos uma rede privativa que vai ser operada pela Telebras”, afirmou.

A Claro quer também mais informações sobre os custos da rede de fibra a ser construída na Região Norte do país, para que não sejam excessivamente altos. ” O conjunto de obrigações do leilão deve se reverter para toda a sociedade”, defendeu.

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