Claro recorre no caso AT&T-Time Warner da Sky e mercado teme remédio brando do Cade

O cade deverá julgar a aquisição no próximo dia 18 de outubro e os "remédios" devem ser menores do que a cautelar da Anatel. A Claro resolveu se manifestar no processo.

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No próximo dia 18 de outubro o Cade – órgão antitruste – deverá julgar a compra dos estúdios Time Warner pela AT&T (no valor de mais de US$ 60 bilhões). Segundo o colunista do jornal O Globo, Reinaldo Jardim, o  Cade deverá aprovar a operação em quase sua totalidade, adotando apenas alguns remédios, ao contrário do que recomendou a Superintendência Geral.

Conforme fontes do mercado que acompanham o processo, a expectativa é de que os remédios anticompetitivos a ser adotados pelo Cade sejam muito mais “brandos” do que a cautelar emitida pela Anatel., que mandou as duas empresas ficarem completamente separadas, até que o caso seja julgado em definitivo pelo conselho diretor.

Pelo sim, pelo não, o grupo América Móvil, que assitia à distância esse debate, decidiu se manifestar, mesmo não habilitado como terceiro interessado no processo. Conforme a Claro, não é possível desconsiderar a pressão competitiva que sofrem as operadoras de TV paga com os serviços OTT (Over The Top), como Netflix ou Amazon, porque eles oferecem VOD (serviços On Demand), que é um competidor direto da programação com grade da TV paga.

A Claro nega também que poderia haver uma atuação coordenada entre ela e a Sky porque as duas têm como acionista minoritário o grupo Globo.

Leia aqui o recurso da Claro

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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